Vitamina D na Esclerose Múltipla: A verdade

Por Maramélia Miranda ** (Atualizado em Setembro de 2019)

Muito se fala, em jornais, revistas, Internet, redes sociais, Youtube, sobre o tratamento com vitamina D para a esclerose múltipla.

Após ler matérias, assistir documentários sobre este tema, alguns deles feitos de forma descuidada, interpretando o dito tratamento como “milagroso”, é importante salientar que a reposição de Vitamina D em portadores de EM é importante, devendo ser feita em todos os pacientes, mas a terapia isolada com doses altas de Vitamina D (doses entre 40-100 mil UI por dia) ainda não é um tratamento reconhecido nem aqui no Brasil, nem por nenhuma associação médica ou neurológica no mundo inteiro.

De tempos em tempos, o assunto ganha algum destaque na mídia. Em 2015, uma publicação em revista mensal Superinteressante colocou a Vitamina D como salvadora da pátria em várias doenças, incluindo EM. Nos últimos anos, começaram a ser publicados vários estudos usando doses de 10 a 20.000UI por dia, alguns estudos destes que foram favoráveis ao uso da vitamina D junto com os tratamentos de EM, em doses maiores do que as atualmente recomendadas (por dia) pela Associação Americana de Endocrinologia (1000 UI ao dia).

+++   A eterna discussão do leigo sobre EM e Vitamina D (comentários e perguntas frequentes)

Pois bem, caros pacientes com Esclerose Múltipla e seus familiares… Aqui vão algumas informações deste modesto blog, cuja missão principal é informar e esclarecer, de forma totalmente imparcial e prezando pela VERDADE, sem marketing, sem promoção de ninguém, sem promoção de nenhum médico, de nenhuma clínica, consultório ou de nenhum tratamento ou droga, qualquer que seja esta ou aquela… 

A Verdade sobre tudo isso… 

1 – Existe uma relação entre a vitamina D e a esclerose múltipla. Já há dezenas de trabalhos científicos de qualidade, mostrando esta relação… A distribuição da incidência da doença nas regiões do mundo, com maior número de casos em países menos ensolarados, pesquisas epidemiológicas, séries retrospectivas de casos, etc, etc, etc… E este tipo de fator de risco (ambiental – exposição solar e relação da vitamina D) e a genética envolvida na questão dos portadores da doença, sua imunidade ou possível resistência a vitamina D, é um dos, senão o mais estudado fator de risco, pela comunidade científica que lida e pesquisa a EM. Outros conhecidos fatores de risco relacionados à EM são o Epstein Baar vírus e o tabagismo, por exemplo.

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2 – Entretanto, apesar da evidência desta relação – EM e vitamina D, o tratamento baseado exclusivamente em doses altas de vitamina D para EM é um tipo de tratamento experimental, alternativo, que deve ser feito na forma de pesquisa clínica. Sua eficácia e segurança ainda não foram comprovadas em estudos clínicos, prospectivos (aqueles que são pré-planejados para avaliar qualquer tipo de tratamento) e controlados (que usam outras terapias ou placebo, para comparar o tratamento supostamente benéfico).

3 – Caso você tenha EM, e queira fazer esta linha de tratamento (megadose de vitamina D isolada), precisa saber disso – que não há comprovação científica até este momento (até setembro de 2019, data da última atualização deste post). Alguns estudos usando doses diárias entre 10 e 20.000UI já foram publicados em 2012 e 2015, mostrando benefícios e segurança destes níveis de doses, com seguimento mais curto dos pacientes, e com doses médias diárias de no máximo 17 mil UI por dia. Acima destas doses, não há NENHUM ESTUDO PUBLICADO. Alguns estudos de revisão, as chamadas METANÁLISES, até agora não mostraram um benefício muito claro… Entretanto, se mesmo assim quiser tentar experimentar este tratamento, pode tentar… Caso concorde e tenha ciência de que este tratamento ao qual será submetido seja dentro de uma pesquisa clínica, ou, por sua decisão, como costumamos denominar, caso você queira “chutar o pau da barraca”, “jogar tudo pro alto” e partir para uma terapia alternativa ainda não comprovada cientificamente. Não condeno quem procura. Cada um é dono do próprio corpo e escolhe o que melhor achar pra si. Eu acredito que a vitamina D algum efeito em doenças autoimunes. Muitos estudos e dados in vitro e in vivo estão sendo publicados. NÃO SE SABE QUAIS OS EFEITOS a longo prazo da terapia com doses muito altas de vitamina D. Aliás, há publicações com os EFEITOS RUINS (hipercalcemia, insuficiência renal…). Fazer tal tratamento pode terminar, por exemplo, do mesmo modo que a história do tratamento com stents nas veias do cérebro para a mesma Esclerose Múltipla (lembram desta história?!)??? A história dos stents nas veias cerebrais veio, veio, muita gente embarcou na esperança de cura, de melhora, e infelizmente os casos submetidos à tal terapia de liberação acabaram “morrendo na praia”, depois dos estudos controlados terem mostrado que: 1- a tal insuficiência venosa crônica não tem relação com EM, e 2- passar um stent nas veias dos pacientes não adiantava de nada. Especificamente sobre a Vitamina D na EM, acho que os estudos com Vitamina D e EM serão positivos, mas para se chegar a uma dose efetiva e SEGURA, estes estudos JÁ ESTÃO EM ANDAMENTO deverão ser publicados em breve. 

4 – A Academia Brasileira de Neurologia publicou uma diretriz, um documento chamado consenso, onde orienta como deve ser feito o uso de vitamina D em pessoas com Esclerose Múltipla. O documento está na Internet, ACESSO LIVRE PARA QUEM QUISER LER — AQUI. A agência de regulação de medicamentos canadense também publicou recente documento sobre este tema. Vejam nos links abaixo.

+++ Consenso Brasileiro sobre o uso de Vitamina D em Esclerose Múltipla – 2014

+++ Vitamin D for the Treatment or Prevention of Multiple Sclerosis: A Review of the Clinical Effectiveness

Qual a dose recomendada de vitamina D para pacientes com Esclerose Múltipla?

Enquanto estas pesquisas não respondem à pergunta sobre a segurança das doses hiper-mega-altas de da vitamina D em EM… Todo bom neurologista irá, certamente, pedir a dosagem da vitamina D para o seu caso, e repor esta vitamina em casos de deficiência no organismo, conforme o consenso atual – AQUI. Ou seja, com doses de no máximo 10.000UI ao dia, com monitoração médica, e atingindo um alvo de nível sérico de vitamina D de no máximo 100 ng/ml.

Doses acima de 10.000 UI por dia podem ser feitas, até o máximo de 17.000UI, com a devida monitoração, pois este foi o nível máximo que foi avaliado em estudos prévios. Lembrando que alguns estudos observacionais foram publicados mostrando que, do mesmo modo que níveis baixos são maléficos, do mesmo modo níveis muito altos de vitamina D também tiveram relação com maior índice de morte por infarto e AVC.

Infelizmente, o grupo brasileiro que trata pacientes com EM e outras doenças autoimunes, apesar de ter esta experiência clínica há muitos anos, nunca publicou nenhum dado de sua experiência com este tratamento e com pacientes com EM. Há vários sites na Internet falando que fulano, ciclano tem muitos pacientes, muita experiência com os casos… Mas o que eu pergunto é: Se tem experiência, porque não mostram os casos? Por que não descrevem suas experiências nas revistas médicas?!?!?! Isso é o certo. Se você tem experiência e isso faz bem, você médico tem que publicar, ora! Para comprovar que funciona. Não é publicar em Youtube… Publicar na revista de Neurologia… No congresso de Neurologia. De Esclerose Múltipla. 

Repito: Os médicos que fazem o tal protocolo de vitamina D nunca levaram estes dados à comunidade médica e neurológica, nem em congressos médicos, nem em revistas médicas, até a data de atualização deste post. A única publicação do grupo refere-se ao tratamento com vitamina D em psoríase e doenças dermatológicas. Em Neuro, Esclerose Múltipla, NADA… 

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Por que muitos pacientes com Esclerose Múltipla relatam na internet e redes sociais que estão muito bem com a Vitamina D?

Mesmo sem pesquisas controladas com estas doses tão altas de vitamina D, neuros pesquisadores e expertises em EM acreditam que isso ocorre porque, para cada tipo de EM, existe uma terapia melhor indicada. e A ESCLEROSE MÚLTIPLA TEM DIFERENTES FACES. tEM GENTE QUE TEM A DOENÇA LEVE, E TEM QUEM TENHA MAIS SÉRIA, E MAIS E MAIS GRAVE… Por exemplo, tem gente que toma as tal megadoses e se dá bem, fica ótimo, não surta, fica sem cansaço ou fadiga… Estes são os que devem ter a doença leve. E tem gente que toma, e se dá mal, continua tendo surtos. Continuam aumentando as lesões. Acredita-se atualmente que os pacientes chamados de “pouco surtadores”, ou seja, com doença mais leve, são os “que se dão bem”. São os mesmos que se dão muito bem usando os Interferons, Avonexes e Copaxones da vida, e ficam bem, sem surtos por anos e anos… Existe muita gente neste grupo. E os casos que tem doença mais séria, mais ativa, são aqueles que não respondem, e se dão mal com qualquer tratamento inicial, precisando de drogas mais fortes, na maioria das vezes… Por este motivo, hoje cada vez mais a terapia de EM deve ser individualizada, escolhida para cada caso de forma diferente.

Atualização em 2019…

Atualizando em 2019, saíram vários estudos clínicos… Muitos desfavoráveis, e alguns neutros para a vitamina D. Depois eu resumo, mas já deixo os links pra vocês a seguir.

Intoxicação por dose maior de 50 mil UI por dia em paciente com Esclerose Múltipla. 

Revisão sobre a vitamina D no manejo da EM.

Metanálise sobre Vitamina D em EM. 

Estudo super importante, em ratos, com doses baixas, médias e altas de Vitamina D. Esse estudo saiu há 3 meses, seríssimo, na revista superconceituada Brain… Os alemães só tiveram coragem de deixar níveis de Vitamina D acima de 200 no sangue… Em ratos… E os que usaram dose mais alta, não foram muito bem…

Concluindo…

Eu particularmente acredito que os neurologistas comprometidos com a boa prática médica, e neste grupo me incluo, continuaremos aguardando ansiosos, como fazemos há anos, mais trabalhos e artigos dos colegas neurologistas que usam este tratamento experimental / alternativo. Os dados até agora são bastante conflitantes. Estudos a favor, neutros e contrários. 

Só para vocês terem uma ideia, existem vários estudos clínicos controlados, em andamento atualmente, testando doses maiores de vitamina D em EM – vejam AQUI. No Brasil, centros de referência em EM (UNIFESP, HC e Santa Casa, em SP, além de outras cidades brasileiras), também estão buscando desenvolver pesquisas nesta área, sempre deixando claro aos pacientes que, para entrar numa pesquisa clínica com doses mais altas de vitamina D em EM, a terapia é ainda considerada experimental.

Para fazer um estudo clínico com uma droga considerada experimental, do ponto de vista ético, não se pode cobrar nada dos pacientes que querem se submeter a este tratamento. Somente após estes estudos terminados e apresentados, poderemos prescrever este tipo de tratamento sem fazer “experiências” com os nossos pacientes.

Uma pequena dúvida: Por que será que estes médicos com centenas, milhares de casos, não publicam logo estes resultados, my God!???? Eu já teria feito isso nos primeiros 100 casos tratados… O que será que este grupo está esperando para publicar isso?! Enquanto os brasileiros não publicam, os canadenses e americanos avançaram muito, e serão os verdadeiros e reconhecidos pioneiros da terapia…

+++ A eterna discussão do leigo sobre EM e Vitamina D

+++ Médicos questionam tratamento de esclerose múltipla à base de vitamina D

Por fim, esclareço: não sou contra a vitamina D.

Acredito realmente que ela faz a diferença, mas minha prática médica me exige que eu tenha a certeza que esta terapia é: primeiro, SEGURA PARA SER DADA – devido à possibilidade de intoxicação por vitamina D quando se usam doses muito altas; segundo, sabermos se esta terapia é, em conjunto ou isolada, mesmo EFETIVA para os nossos queridos pacientes. Para isso, precisamos da evidência científica de boa qualidade.

Por enquanto, não podemos testar tratamentos não comprovados nos pacientes com Esclerose Múltipla… 

 

** Dra. Maramélia Miranda é neurologista pela UNIFESP-EPM, editora do blog iNeuro.com.br.

LEIA MAIS

Vários comentários abaixo…

A eterna discussão do leigo sobre Vitamina D e Esclerose Múltipla…

Uso de Vitamina D em Esclerose Múltipla: Consenso da ABN publicado! 

Vitamina D e Esclerose Múltipla: Mais evidências desta interação. Post com novos estudos publicados em 2012.

Esclerose Múltipla – Texto explicando a doença, destinado aos pacientes, familiares e público leigo.

Médicos questionam tratamento de esclerose múltipla à base de vitamina D – Reportagem da revista Veja sobre a controvérsia do tratamento com Vitamina D em EM. Datada de 28/06/2014.

Insuficiência Venosa Cerebral Crônica pode ser a causa da Esclerose Múltipla: Será?!

Casos de intoxicação por Vitamina D AQUI e AQUI.

214 thoughts on “Vitamina D na Esclerose Múltipla: A verdade”

  1. Bem estranho esse seu relato, Emerson. Custo a crer que possa ser verdade, conhecendo como conheço a absoluta idoneidade profissional do Dr. Cícero. E conhecendo também sua fineza no trato pessoal
    Quanto a ser atendido por Clínico Geral, nenhuma surpresa. Daqui a alguns anos, com a popularização do tratamento, a Esclerose Múltipla será tratada realmente em nível ambulatorial, por clínicos. Não há necessidade de que não seja assim. Pois a causa dessa doença já está bem documentada por quem se atualiza, pesquisa, obtém informações para além das pouquíssimo confiáveis informações dadas por órgãos classistas, mais preocupados com a manutenção do status e dos lucros de seus associados que com a saúde dos pacientes.
    Acho lamentável que ainda haja advogados do diabo, do alto de seus títulos de “neurologistas”, atirando pedras em um tratamento que é simplesmente a cura para essa e para muitas outras doenças autoimunes. Disso não tenho dúvida, posso testemunhar pessoalmente. Eu e mais cerca de 3 mil pacientes de EM que nos libertamos das gororobas alopáticas, inúteis e desconfortáveis.
    Se você está lendo esta postagem e conhece alguém que tem EM, não dê bolas aos críticos. Dê um jeito de marcar sua consulta com médico adepto do tratamento das vitaminas o quanto antes. Se for na clínica do Dr. Cícero, não se importe se não conseguir marcar diretamente com ele. Ele supervisiona todos os médicos que trabalham com ele. O protocolo da vitamina D é bastante simples, até um leigo poderia administrá-lo se pudesse prescrever a si mesmo as manipulações. Não entre nessa conversa de que “não tem comprovação científica”. Um tratamento, até chegar aos livros universitários, demora anos, às vezes décadas. Pesquise em sites de estudos científicos, como o Scirus.com, e verá a quantidade fenomenal de estudos científicos CONCLUSIVOS a respeito desse tratamento. Todos apontando para a mesma direção: o protocolo da vitamina D é eficaz no tratamento da esclerose múltipla. E desde 1985 se sabe que apenas 5 mil UI diárias de vitamina D têm efeito melhor que os interferons utilizados no tratamento de EM. Por que isso não é divulgado amplamente? Pergunte à Academia Brasileira de Neurologia, porque é uma excelente pergunta. Aliás, lá eles ainda dizem que doses elevadas de vitamina D podem desencadear “intoxicação por vitamina D”, tão desatualizados estão. Não sabem sequer que os valores de referência já mudaram há tempos, e que doses diárias de 10 mil unidades são seguras para qualquer pessoa, independentemente de ter deficiência ou não.
    Eles falam que há estudos “em andamento”, aguardados “com grande expectativa”. O que está sendo aguardado com grande expectativa é o fim da cara de pau desses laboratórios que vendem caríssimo seus interferons e desses órgãos que validam os tratamentos, porque os estudos conclusivos, estes já existem há tempos.

  2. Relato sincero, Emerson. E de uma lucidez raramente vista quando discutimos estes temas. Parabéns! Obrigada pelo seu comentário! Sugiro a vc a leitura de um post que recentemente adicionei sobre a parada do natalizumab em pacientes com EM. Veja página principal (Início) na aba superior e procure lá. Abs e boa sorte pra Ti! Se estás com Ele, certamente também estás muito bem “acessorado”!!!
    🙂

  3. Boa noite.

    Meu nome é Emerson Augusto, portador da EM desde meus 14 anos, atualmente c/ 23.
    Faço uso do Natalizumabe e acompanhamento na Unicamp, sem novos surtos desde o início desta medicação, isso há 3 anos. Anteriormente fazia uso do Betaferon, onde estabilizou a doença também por 6 anos, mas meu organismo criou a resistência a ele e tive surto em ambas as pernas.
    Pesquisei sobre a vit. D, um novo meio de tratamento, mesmo sendo uso experimental, e fui a uma consulta onde o médico usava do protocolo, porém não era Neuro, sendo assim uma certa duvida já me desconfortou, até porque com o Dr. Cicero nunca se consegue contato.
    Enfim, ao meu ver muita coisa se diz, pouco se faz, apenas é tacado uma pancada de informações monstruosas sem evidências específicas, o que gera a desconfiança de tal. vi pacientes da própria Unicamp fazendo abandono do tratamento convencional para o uso da Vit. D, e tendo pioras e precisando voltar novamente a Unicamp, isso não é mostrado por ninguém, impressionante.
    Uma vez que fui dar minha opinião em um grupo em uma rede social, fui quase que apedrejado por moderadores do mesmo, e por consequencia recebi até uma ligação do médico que passei me ofendendo ao telefone.
    Então de verdade acho tudo isso uma vergonha, assim que comprovarem de verdade e médicos ditos Neurologistas concluidos e capacitados a atenderem portadores da doença venham a divulgar sobre esse tratamento. agora… passar para um Nutricionista, um Clinico Geral, um Oftalmologist, estes cuidarem da doença que diz respeito ao estudo especifico de um Neuro, torna-se bem inaceitável, ainda mais quando vem a ofender um paciente.
    Que moral e ética médica possui?

    Então galera, apenas acreditem: profissionais atentos e reais trabalham arduamente para nosso bem estar, assim como de outras doenças, se existe cada vez algo melhor acredite em seu médico e principalmente em Deus, que com toda sua sabedoria usa as mãos e inteligência de cada profissional do bem, para o nosso maior conforto.
    A Esclerose Multipla assim como outras terá sua cura e eficácia.
    Vivam e busquem sempre o seu melhor, a vida é curta, se existe uma dificuldade na perna assim como eu, se adaptem ao possivel, porque o impossivel faz parte dos fracos e desanimados, lute como Jesus fez por nós, a gente está aqui de passagem, e se assim estamos porque não deixar uma passagem feliz.
    Se crianças nascem já com um Câncer, doença tão agressiva, e superam isso, vivem, é porque elas só querem brincar e encontrar a felicidade, usam de sua inocência para sobreviver e estar ali junto com tantas outras, apenas não tem tamanha noção do que tenham de verdade, são mais despreocupadas.
    Usem de seus pensamentos para coisas boas, façam de uma deficiência uma pedra, se caso não conseguir chutar, retire com a mão, se não for possivel, vá com a boca e se ainda assim for dificil, peçam ajuda, pois nem Jesus caminhou em sua missão sozinho.

    Boa noite.

  4. Boa noite d.Fatima.
    Espero que a senhora veja este site.
    Nele temos o numero do doutor Cicero e de outro que trabalham com a vitamina D.
    Espero ter ajudado.

  5. Sou mãe de um portador de EM. A meses tento entrar em contato com Dr. Cícero mas ainda não conseguir. A cada surto que meu filho tem, meu coração dilacera. Me sinto inútil por não poder ajudá-lo a se tratar e quem sabe ,se livrar desses sintomas terríveis. Caso algum de vocês, que já se tratam com esse medico,puderem me ajudar, ficarei eternamente grata e quem sabe seja mais uma a fazer um depoimento positivo sobre esse tratamento reforçando a ideia de que burocracia mata. A medicina às vezes atrapalha.

  6. Caro leitor (que postou msg aqui ontem a noite), seu post que tentei publicar (escrito ontem) — ao clicar em publicar – sumiu!!! Procurei demais ele nos arquivos de comentários — não encontrei… Não seu se foi por causa do tamanho dele… Mas seria muito importante divulgar seu testemunho para os pacientes. Se puder reescrever – em Partes, seria melhor para não dar problema pelo tamanho. No aguardo!

  7. Dra. Maramélia,
    Desculpe-me pela minha euforia, mas acredito mesmo no tratamento de megadoses de vit. “D” para EM porque minha esposa também se CUROU de depressão com altas doses de outras vitaminas e minerais num tratamento ortomolecular com o Dr Efrain Olszewer (Um ortomolecular de verdade e não os farsantes que andam por aí. Veja na internet sobre ele) em 1994, em São Paulo. No nosso desespero, ambos lendo muito (eu bem mais que ela), descobrimos esta medicina. Somos do Piauí e passamos oito meses em São Paulo. Estamos com 31 anos de casados e os dois anos de depressão dela (meados de 1992 a 1994), foram os piores de nossas vidas. Na época, a incrível recuperação dela me pareceu um milagre, uma ressurreição. Dos tratamentos na alopatia, nada deu certo, ela só piorava. Desde, então, intensifiquei minhas leituras e passei a pesquisar avidamente sobre saúde e nutrição. Acabei descobrindo muitas coisas, tudo mais no ramo dos naturais e alternativos, que passei a aplicar em mim mesmo e essas “descobertas” têm me beneficiado MUITÍSSIMO, graças a Deus! Idem, a outros também. Nem gosto de ler sobre teorias de conspiração. Eu só vi o que funcionou (e o que deixou de funcionar) pra minha esposa e o que tem funcionado pra mim, em termos de tratamentos. Fico feliz de ver e saber que não preciso obedecer a nenhum “órgão de classe” pra tratar da minha própria saúde e, melhor ainda, que não estou preso aos ditames deles. O resto, de quem tem razão ou não, o tempo dirá e provará, com certeza. Vamos aguardar, não é? SDS, Gil.

  8. GIL, a teoria da conspiração que muitos falam sobre os medicamentos atuais de EM, já cansamos de ouvir… Não creio muito nisso não… Sobre essa história de que o Dr. Cícero não publica nem divulga este tipo de tratamento, isso é outro ponto que não toquei, mas como vc mencionou, aproveito o gancho para comentar: primeiro o porque de não publicar. Isso é estranho mesmo. Qualquer médico, quando vê muitos benefícios em uma terapia, pelo menos teria que ter o interesse em publicar a sua série de casos onde este tipo de terapia dá certo. O porque isso não ocorre, X… É no mínimo estranho. Segundo, não sei se sabem, mas, apesar do Cícero Coimbra ser docente da UNIFESP, ele não trabalha nem atua no setor de Neuroclínica, mas da Neuroexperimental. No setor de Neuroimunologia, onde se faz o acompanhamento e tratamento dos portadores de EM, são outros médicos, e todos lá são unanimes em falar o mesmo que falo aqui, que a terapia em megadoses é experimental, não pode ser usada clinicamente, mas apenas no contexto de um estudo clínico controlado, como está sendo feita em alguns países, e cujos resultados irão nortear o tratamento assim que seus resultados sejam publicados. Infelizmente, Gil, tratar de pessoas é algo muito sério, e não podemos usar coisas da nossa cabeça ou terapias não testadas em larga escala e controladamente…sob pena de, dando algo errado, sermos penalizados por isso. O desespero dos portadores de EM é muito grande. Veja o que aconteceu com a história do stent nas veias, da tal terapia de liberação – liberation therapy (iniciada pelo grupo de italianos, e depois viu-se que não era nada daquilo…). Quantos pacientes pagaram fortunas para serem avaliados e tratados na Europa, e agora os resultados das pesquisas mostraram que não há relação entre EM e estenoses de veias?????!!!! Do mesmo modo, há pacientes que pagam consultas muito caras no único centro que trata EM com megadoses de vitamina D, começam o tratamento e depois mal consegeum voltar em retorno… isso aconteceu com um paciente nosso conhecido… resumindo tudo, não tenho resistência, apenas sou cuidadosa no meu trabalho, obedeço órgãos de classe (CRM e ABN), e preciso seguir estas reguinhas básicas, por trabalhar com seres humanos.

  9. Maramelia,
    Voce já deve ter lido sobre o médico que descobriu a Bactéria H. Pilori no estômago e que ela é a principal causa de cancer neste órgão a longo prazo. Já leu sobre quanto tempo foi preciso que o tal doutor gastasse pra convencer seus colegas que a dita fulana resistia e sobrevivia ao baixo ph do estômago (coisa impossível de se imaginar na época) e que a tal famigerada, era a responsável pela grande maioria dos problemas estomacais ? Pois bem, enquanto ele brigava, nos longos anos que se seguiram, muitos morreram de CA e sofreram com úlceras terríveis, sem tratamento adequado dos tais acreditados antibióticos (engraçado, a minha nem precisou de antibióticos para ser debelada. Que bom!). Voce deve saber, também, que a ciência conduzida por homens sofre da tal inércia e é, naturalmente, sempre resistente ao novo: por precoceito, medo e, frequentemente, por interesses escusos, diga-se de passagem. A descoberta da cura do escorbuto (causado por hipovitaminose “C”) se deu quase 200 anos antes da descoberta da dita vitamina “c”, pois , apenas por pura percepção um certo capitão de navio dava aos seus marinheiros vegetais ou sucos de limas (ricos em vitamina “c”) e isso era um ato preventivo no sentido de evitar os surtos de escorbutos em seu navio. Este sábio capitão via os resultados de tal medida, embora sem compreender os processos fisiológicos envolvidos. Mas, a ciência, com toda a sua devida burocracia, deixou milhares de marinheiros morrerem ao longo de décadas por causa da falta de ação e da descrença de algo que era apenas intuitivo ou do senso comum por parte de poucos. E a história da medicina está lotada de casos e descobertas do tipo. Se eu fosse o Dr. Cícero, eu faria como ele, cuidaria dos meus pacientes (imagine mais de mil pra cuidar!), convocaria outros médicos interessados e cooperadores para que seguissem meu protocolo, publicaria na internet, na televisão e outras mídias de longo alcance. Propalaria a tal remissão da doença nos quatros cantos do mundo e, assim, com o tempo, obrigaria a classe de cientistas da área a engolir isso de “goela abaixo “. Até leigos sabem que orgãos autorizados de publicações científicas estão mais comprometidos com a próspera indústria de medicamentos do que com a saude das pessoas em geral. Sabe-se de como a indústria medicamentosa, ávida de faturamento, procura a todo custo manter seus remédios no topo das recomendações médicas. Geralmente, os efeitos negativos e colaterias de suas drogas são minimizados, mas, o contrário, acontece com os efeitos positivos (maximizados ou super valorizados) e cura que é bom mesmo, nada de nada! É só o tal blá, blá, blá do “c o n t r o l e” melhor; minimização dos surtos; aumento da expectativa de vida (mas, sem qualidade de vida, claro!). Conversa pra boi dormir. E os médicos e laboratórios quase que numa alegre parceria enchendo os bolsos. Um pagando diárias em hotéis luxuosos para o outro ser convencido em seminários e simpósios do efeito “quase” que milagroso de suas drogas sintéticas. Legal! Sei que esse não deve ser o seu caso, pois voce parece do bem, apesar da natural resistência. Mas, caríssimos, o sofrimento humano não pode ficar a mercê de uma ciência que anda no passo de uma tartaruga paralítica e com tanta embromação e enganação no seu meio de campo. Se você é médica e tem suas dúvidas com relação ao tratamento da vitamina “D”e tem interesse, de fato, nos seus pacientes, vá até o Dr. Cícero (o que lhe custa?) e procure saber o que anda acontecendo por lá, converse com os pacientes dele e dos outros médicos apoiadores. Você pode estar perdendo um tempo valioso e precioso! Ele é um colega de sua área, e, embora sem conhece-lo pessoalmente, pareceu-me acessível, aberto e interessado na divulgação de seus métodos para os demais de sua classe. Não seja burocrática. Quebre a barreira dos antigos e convencionais dogmas de sua medicina e procure ser aberta aos novos paradigmas. Tenha disposição e coragem para isso, se você puder, claro! Burocracia pode até ajudar em algum ponto, mas também pode matar, não é verdade? SDS, Gil.

  10. Gil, obrigada pelo seu comentário. Existem vários tratamentos alternativos, e a vitamina D em altas doses é um deles, assim como é homeopatia, ortomolecular, oxigenioterapia, etc. Mas a pergunta que te faço é uma: Conhece algum neurologista do Brasil que faz este tratamento?! Eu não conheço. Apenas o Dr. Cícero. Todos os demais médicos que “seguem” este tipo de tratamento alternativo são não-neurologistas. Pode conferir… Alguns raros médicos que fazem isso fora do Brasil, também… Isso é um indício de que algo está errado, concorda?! Ou o mundo inteiro está errado e apenas estes médicos estão certos?! Não significa que não concordo com vitamina D em EM. Pelo contrário, todas as atuais evidências indicam que a vitamina D tem relação com EM, assim como tem estresse, infecções, vacinas provavelmente, fatores ambientais outros… Mas não posso ser irresponsável e fazer terapia experimental com MEGADOSES com meus pacientes… Isso é o errado. E por isso é que não há outros neurologistas brasileiros ou americanos ou europeus “seguindo” este tratamento. A partir do momento que tivermos as questões de segurança e eficácia bem determinadas, não tenha dúvida, fará parte do arsenal terapêutico da EM… Enquanto isso, continuamos aguardando os trabalhos ou a publicação da experiência do Dr. Cícero com estes mais de 1200 pacientes… Todos nós neuros nos perguntamos porque ele e sua equipe não publicaM esta série de casos… O que estão esperando?

  11. Tem mais de 1.200 pessoas se tratando com Altas doses de vit D com o Dr. Cícero. Todas se beneficiando, mas tem gente querendo esperar por estudos duplos cegos, randomizados, etc, etc. É muito lindo ficar esperando… Mas se eu tivesse a tal EM ou outra doença autoimune eu correria para o Dr. Cícero ou para os médicos que seguem seu protocolo. Não esperaria que os Doutores especialistas em neurologia entrassem num consenso, pois o consenso em termos de tratamento é algo raro em medicina. Até mesmo porque existem muitos interesses econômicos envolvidos. Deus me livre das drogas fortes da medicina convencional, com seus mil efeitos colaterais. Um médico precisa está duplo cego para não exergar o que está acontecendo com o novo tratamento da Vit D e seus efeitos positivos. Que enorme perda para os pacientes de tais médicos. Lamentável mesmo! Minha esposa passou dois anos com profunda depressão e só se CUROU de fato com um tratamento alternativo e um dos médicos alópaticos dela ainda hoje pergunta se ela está realmente curada, pois parece que os pacientes dele não estão, mas continuam cativos no consultório dele. Agora eu estou me tratando de meus males só com alimentação natural e estou impressionado de como isso pode fazer um bem enorme para os vários problemas que eu tinha (esteatose hepática, H pilori (a bacteria sumiu, gente) pressão alta, obesidade, hérnia de hiato, diabetes) e tudo sem nenhum remédio alopático. Perguntem se eu estou acreditando? Estou dizendo pra mim mesmo: deve ser o curso natural destas doenças; ou deve ser a minha individualidade bioquimica e talvez a minha génetica esteja ajudando. Entretanto, por via das dúvidas, continuo com a alimentação natural, crudivorista, com frutas e verduras, folhas e sucos vegetais, sem trigo, sem carne vermelha, sem leite de vaca ou de soja, sem açúcar e outros “pós” brancos de alto índice glicêmico. Estou bem obrigado e nunca passei fome pra poder emagrecer 18 Kg. Se eu tivesse seguido os conselhos médicos estaria entupido de rémedios e gastando um bom dinheiro com eles, assim como meu pai gastou e morreu tempo depois por causa da diabetes e um AVC decorrente da mesma. Como diz o ditado: ” A saude é subversiva, pois não dá lucro a ninguém”.

    SDS, Gil

  12. Diagnosticada em 2005, com sintomas que se apresentavam há muito tempo. Tomei Avonex durante dois anos. Continuava a piorar. Comecei com Vit D em maio de 2013. Melhorei muito e me esqueci de que tinha a EM. Depois de alguns meses sem tomar a vitamina comecei a piorar. Fraqueza nas pernas, espasmos musculares. Voltei rapidinho com a vitamina, no início de janeiro/2014. Já estou melhor. Sem fraqueza nas pernas e trabalhando. Tá… dizem que é efeito placebo, mas como não ocorreu o mesmo com o Avonex? Sei lá. Estou bem e vou continuar tomando. Afinal, não tem nada melhor uai!.

  13. Concluindo, fica difícil avaliar a verdade, porque o tratamento com a vitamina D3 em altas doses, ainda não é conhecido por muitos profissionais que além ter que correr atrás desse conhecimento, não vão poder tratar todos os casos com um tratamento que dê certo para a maioria porque cada indivíduo é único.

  14. Como quem vê a esclerose múltipla na própria pele, vou dizer que a terapia D3 em altas doses é PODEROSA. Pena que a medicina ainda não se coordenou para utilizá-la, mas enquanto isso não acontece não quero ficar no centro de um contraste de opiniões e me sinto à vontade para usá-la, como também os benefícios de outros recursos que coexistem.

  15. eduardo, não entendi seu comentario: “…pois uma instituição que aceita por convenção mundial não informar que o paciente possui EM no primeiro surto é no minimo inresponsavel. Você sabe os problemas que isto me acarretou?”.
    qual é a instituição que não permite que se informe ao paciente sobre qualquer diagnostico?

    sobre sua afirmação de que pacientes são tratados “como ratos de laboratorio”, posso aproveitar sua “deixa” e te responder que justamente por isso (por não haver ainda estudos prospectivos sobre megadoses de vit D em EM), não posso dar este tratamento aos pacientes, pois caso faça isso, estou agindo sem ética nenhuma, e tratando os pacientes antes de haver a evidencia clinica/cientifica correta… e os pacientes poderão me processar por estar tratando-os como “ratos de laboratorio”. o meu conselho de classe (CRM) poderá me perguntar: “como a sra dá este tratamento aos seus doentes, sem nenhuma evidencia cientifica sobre isso atualmente?! está maluca ou o que?!”…

    ainda bem que novas e novas evidencias estão aparecendo, sobre vários temas (sodio, vit D, hormonios), e hoje é razoável o tratamento de reposição a todos os portadores de EM com uso de vit D, e cada vez mais os níveis aceitáveis para alvo terapeutico serão maiores, dentro de uma faixa de segurança possivel que não leve a problemas graves como insuficiencia renal e deposição arterial de calcio a longo prazo.

    o final do seu commentario veio incompleto. fique a vontade para termina-lo. abs maramelia

  16. Vou expor minha visão dos novos profissionais e sobre Academia Brasileira de Neurologia, mas antes disso gostaria de pedir desculpas pelo que vou escrever de forma geral.

    Existe médicos preocupados com a saúde e bem estar dos pacientes e outros que estão no ramo apenas por causa do status e ganhar dinheiro, o por que desta afirmação … vejo que pessoas que não tem capacidade de estudar/analisar é mais facil criticar que que averiguar se realmente o tratamento com vitamina D funciona. a senhora que escreve neste site já tomou aquela injeção Interferon? Acredito que não, pois vou relatar um pouco como é a sensação..muito dolorida, efeitos colaterais (dor de cabeça, enjoo, tontura, etc), falta libido, entre outros constantemente a 10 meses . A 2 semanas comecei com a vitamina D e na primeira semana senti uma diferença .. estou renascendo.

    A Academia Brasileira de Neurologia, como o proprio nome diz Academia, deve ser um lugar onde as pessoas passam tempo a criticar do que resolver problemas de saúde ( e o mais duro para mim é que financiei parte do estudo deles que são formados em faculdade publicas), pois uma instituição que aceita por convenção mundial não informar que o paciente possui EM no primeiro surto é no minimo inresponsavel. Você sabe os problemas que isto me acarretou? tenho certeza que não esta mais preocupada em criticar do que tentar ajudar.

    Acho que vocês deveriam experimentar a injeção pelo menos por 1 mes, antes de defendeer o convecional, pois somos tratados como ratos de laboratorio referente a uma medicação que não é a curo e previne apenas 30% de novos surtos.

    Vocês lembram da aculpultura? pois é alguns anos atrás era ignorada pelos medico pois esra medicina alternativa e hoje é aconselhado…

    Outro detal

  17. ana paula, diria que, para vc que é paciente, isso é incrível, e para mim que sou profissional da área, o termo não é incrível, isso está demonstrado em alguns estudos de séries de casos e observacionais em portadores de EM. a vitamina D, como falo no artigo escrito, tem relação direta com a atividade da doença. uma relação benéfica. o que alerto aos médicos, portadores da doença e familiares é que, infelizmente, é necessário que tenhamos a evidência científica de boa qualidade para que eu, neurologista, e qualquer outro neuroclínico, possa prescrever este tratamento sem nenhum perigo para o paciente ou para si próprio, pois trata-se de um tipo de tratamento experimental. se vc parar para pesquisar, vai ver um fato, que inclusive nem comento no post: seria capaz de citar algum neurologista brasileiro que faz este tratamento (excetuando, obviamente, o próprio cicero coimbra?)? nem na própria equipe do cicero tem neurologista; tem endocrino, dermato, clinico, mas neuroclinico, não tem…

  18. Bom dia a todos,

    Fui diagnosticado em 2010 e iniciei o tratamento com Vit. D imediatamente.

    Ouvi muitos comentários sobre esta matéria e de concreto apenas a minha saúde que está a mil por hora.

    Portanto, se não existem evidências eu as crio cada dia que vivo com muita disposição e sem um sintoma sequer.

    Cada um escreve a sua biografia e a minha escrevo eu!

    Obrigado meu Deus!

    Sou grato pela sua força e pela sua compaixão.

    Que cada um que ler este artigo acredite sobretudo em você mesmo, a única forma de mudar o futuro esta dentro de você. Não desanime, lute, tenha fé, seja obstinado pela cura, se respeite, descanse, acredite e você mudará o seu destino.

    Gde Abraço,

    Henrique

  19. Tomei Avonex (3 anos) e Copaxone (3 anos). Tive mais de 16 surtos, tomava pulsoterapia, ficava arrasada e CANSEI de ser maltratada pela EM! Resolvi tentar algo novo, já cheia de “buracos” na pele causadas pelo copaxone. Fui a consulta com Dr. Cícero e comecei a tomar altas doses de vit. D. O mais legal é que estou há 1 ano e 7 meses sem surto, sem novas lesões, redução no tamanho das lesões. Isso é incrível, eu tinha no mínimo 2 surtos por ano. A decisão de abandonar o tratamento convencional foi minha, não aguentava mais aquelas injeções.

  20. marli, obrigada pelos seus comentarios. acho que a msg veio incompleta,mas desde já espero que vc fique bem. e esperamos todos novas esperanças para melhorar o tratamento dos portadores de EM. daqui a algumas semanas terá o ECTRIMS, congresso europeu muitissimo importante nesta area. certamente virão boas novas noticias. abs e boa sorte, maramelia

  21. Cara Maramelia,

    Agradeço a sua atenção na indicação do //www.pubmed.org., que eu já conhecia, não digo que seja assidua leitora, mas de vez em quando vou lá buscar alguma publicação que me interesse. Se a classe médica tem a necessidade de mais demonstração da eficácia das altas doses de vitamina D para doenças do sistema auto-imune, não só da EM, eu como paciente estou muito bem tomando 50.000 u.i. há seis meses; tomo 3 l água por dia e faço restrição de produtos lácteos. Nunca tomei interferon e nem vou tomar. Efeito colateral da vitamina D, que eventualmente poderia existir, contraponho a restrição alimentar e a alta hidratação. E não caio mais, não quebro mais toda a louça da minha casa (agora já estou até pensando em comprar nova). Não esbarro nas paredes nem me enrosco nos trincos. Nem sinto que estou andando nas nuvens ou com um pé em uma canoa e outro em outra. A minha coordenação motora está muito melhor, pois estou matando os pernilongos com as mãos! Comemoro a cada assassinato rsrs , claro a minha fadiga ainda dá o ar da graça, mas já não dirige a minha vida como antes, e no agora no sexto mês refarei a calciuria e todos os outros exames que fiz no terceiro mes e estavam todos muito bem. Lamento muito que a posição oficial negue a pacientes de uma doença desabilitante essa nova possibilidade d

  22. Tradução do texto de A. Ascherio (da Neurology 2012)::: “Quais são as implicações clínicas da associação inversa relatada entre 25 (OH) D e atividade da EM? A questão fundamental é a relação dose-resposta . Que a deficiência de vitamina D (níveis <50 nmol/L) tem um efeito negativo em pessoas com esclerose múltipla seria cientificamente interessante, mas isso não mudaria radicalmente o cuidado. O diagnóstico e tratamento da deficiência de vitamina D já deve fazer parte da rotina de cuidados. Para os médicos e seus pacientes, a questão fundamental é se os níveis de vitamina D de outra forma adequados para a população em geral não são ideais para os indivíduos com esclerose múltipla . Por exemplo, se nível sérico de 25 ( OH) D foi ótimo para EM em valores > 100 nmol/L, tal como sugerido pelos dados epidemiológicos sobre o risco de EM, em seguida, a maioria dos pacientes com EM beneficiariam de outros suplementos de vitamina D. Infelizmente , os dados de 25 (OH) D e a atividade da EM permanecem escassos e fornecem informação insuficiente sobre a dose ideal. Devido ao seu tamanho pequeno, os estudos relatados aqui não tem poder estatístico suficiente para a resolução da questão sobre dose-resposta. No entanto, é de notar que alguns pacientes tomaram suplementos de vitamina D, e que em cada estudo, os níveis de Vitamina D durante o inverno, abaixo de 75 nmol/L, foram considerados como deficiência de vitamina D, e associados com um risco aumentado de fratura.
    Em um estudo recente entre os 23 pacientes com esclerose múltipla , 6.000 UI de vitamina D2/day não conferiu nenhum benefício em relação a doses de 1.000 UI , mas o estudo era pequeno demais para ser informativo. Estimulados pela relativa baixa toxicidade da vitamina D, outros investigadores propuseram a utilização de doses muito elevadas. Num estudo contínuo, os pacientes com esclerose múltipla foram randomizados para 14.000 UI de vitamina D/ dia, uma dose em que é esperado um aumento de 25 (OH) D para níveis > 250 nmol/L. Apesar da falta de dados de observações que sugerem que estes altos níveis são melhores do que os valores de alta normais associados com menor risco MS ou atividade em estudos observacionais. A evidência sólida do nível ideal de 25 (OH) D para o tratamento de EM terá de contar com grandes ensaios clínicos, rigorosos, comparando uma série de doses ao invés de assumir que a maior dose tolerável é melhor e não considerar que as doses mais elevadas podem ter efeitos indesejados . É muito cedo para recomendar o uso de altas doses de vitamina D na prática clínica. Entretanto, considerando a alta prevalência de insuficiência de vitamina D e deficiência em pessoas com EM, o alto risco de osteoporose, e a segurança de vitamina D em doses modestas, a evidência é suficiente para recomendar a monitorização dos níveis de vitamina D e suplementação conforme necessário para atingir pelo menos um nível durante todo o ano de suficiência de vitamina D em pessoas com esclerose múltipla.”

  23. Editorial de Alberto Ascherio e Ruth Anne Marrie, para a Neurology.org (revista das mais respeitadas no mundo em Neurologia):::
    “What are the clinical implications of the reported inverse association between 25(OH)D and MS disease activity? A key consideration is the dose-response relationship. That vitamin deficiency (<50 nmol/L) has a negative effect in persons with MS would be scientifically interesting, but it would not radically change care. The diagnosis and treatment of vitamin D deficiency should already be part of routine care. For clinicians and their patients the fundamental question is whether otherwise adequate vitamin D levels for the general population are suboptimal for individuals with MS. For example, if the optimal serum 25(OH)D level for MS was >100 nmol/L, as suggested by epidemiologic data on MS risk, then most persons with MS would benefit from additional vitamin D supplements. Unfortunately, the data on 25(OH)D and MS activity remain sparse and provide insufficient information on the optimal dose. Because of their small size, the studies reported here had insufficient power for dose-response resolution. Nevertheless, it is noteworthy that few patients took vitamin D supplements, and that in each study mean winter 25(OH)D levels were below 75 nmol/L, a level often used to define vitamin D sufficiency and associated with an increased fracture risk.
    In a recent trial among 23 patients with MS, 6,000 IU vitamin D2/day conferred no benefit over 1,000 IU, but the study was too small to be informative. Encouraged by the relatively low toxicity of vitamin D, other investigators have proposed the use of very high doses. In an ongoing trial, patients with MS are randomized to 14,000 IU of vitamin D/day, a dose that is expected to increase 25(OH)D levels to >250 nmol/L, despite the lack of observational data to suggest that these high levels are better than the high-normal values associated with lower MS risk or activity in observational studies. Solid evidence on optimal levels of 25(OH)D for the treatment of MS will have to rely on large, rigorous clinical trials, comparing a range of dosages rather than assuming that the highest tolerable dose is better and failing to consider that higher doses may have unintended effects. It is too soon to recommend the use of high-dose vitamin D in clinical practice. Meanwhile, considering the high prevalence of vitamin D insufficiency and deficiency in persons with MS, the high risk of osteoporosis, and the safety of vitamin D at modest doses, the evidence is sufficient to recommend monitoring of vitamin D levels and supplementation as needed to achieve at least a year-round level of vitamin D sufficiency in persons with MS.”
    NÃO SÃO PALAVRAS MINHAS, É UM EDITORIAL DA NEUROLOGY, JULHO 2012. Ainda não temos a sólida evidência comentada no texto.

  24. Marli, obrigada pelos seus novos comments!!! Sobre os estudos mostrados, já os conheço. Para vc Marli, e os demais, pacientes queridos com EM, sempre altamente curiosos em pesquisar todas as últimas terapias sobre EM, e para saberem tudo sobre as recentes pesquisas, sugiro o seguinte site: //www.pubmed.org.
    Entrando nele, na aba de busca (atenção, site em inglês), coloquem os termos “multiple sclerosis and treatment”. Ou qualquer outro termo de busca, em inglês. Ou nome de autores, pesquisadores nacionais ou internacionais. Encontrarão tudo.
    Daí –> encontrarão TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO O QUE HÁ PUBLICADO em qualquer tema em medicina e saúde. Este site é do NIH (National Institute of Health).
    Os estudos relatados pela Marli (abaixo) são apenas alguns das centenas atualmente existentes, que comprovam o que falei: há sim, RELAÇÃO ESTRITA da vitamina D com evolução da EM. Infelizmente, Marli e demais, não se faz Medicina com estudos que incluem 15 pacientes… Os estudos devem ter PODER ESTATÍSTICO para demonstrar o benefício, e com EM, o número de 30 casos é muito pequeno. REPITO: Não sou resistente ao tratamento da vitamina D. APENAS INFORMO OS FATOS::: QUE DO PONTO DE VISTA MÉDICO-TÉCNICO, nós só podemos fazer o tratamento normal, com doses de reposição habituais ou um pouco maiores em pacientes com deficiência. O tratamento com mega-doses, repito, NÃO É RECOMENDADO ATUALMENTE PARA O TRATAMENTO DE ESCLEROSE MULTIPLA, é considerado experimental aqui, no Brasil, na Cleveland Clinic, John Hopkins, Columbia, Harvard, Stanford, EUROPA e no mundo todo… E deve ser usado apenas no contexto de pesquisas e com TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DOS PACIENTES. As pesquisas com estas mega-doses estão avançando muito, a maioria a favor, algumas com resultados contra (poucas). E daqui a uns 2-3 anos NO MÁXIMO, teremos certamente a boa evidência do seu benefício, e daí eu poderei tratar os meus pacientes com esta terapia, sem o risco de, dando qualquer coisa errada –> não ser processada ou até ter meu diploma cassado por ter feito um tratamento não reconhecido para uma doença. A seguir, copiarei um editorial sobre as 3 maiores pesquisas publicadas no ano passado sobre isso. Abs Mara

  25. Pois Maramelia, que não seja por falta de estudos científicos : //www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23250818
    Acta Neurol Belg. 2013 Sep;113(3):257-63. doi: 10.1007/s13760-012-0166-2. Epub 2012 Dec 19.
    Preventive effect of vitamin D3 supplementation on conversion of optic neuritis to clinically definite multiple sclerosis: a double blind, randomized, placebo-controlled pilot clinical trial.
    Derakhshandi H, Etemadifar M, Feizi A, Abtahi SH, Minagar A, Abtahi MA, Abtahi ZA, Dehghani A, Sajjadi S, Tabrizi N.
    Source
    Isfahan Eye Research Center (IERC), Feiz Hospital, Isfahan University of Medical Sciences, SHARNOS Co. No. 9, Boroomand. Seyed-Alikhan, Chaharbagh Abbasi, 81448-14581, Isfahan, Iran.
    Abstract
    Multiple sclerosis (MS) presents with optic neuritis (ON) in 20 % of cases and 50 % of ON patients develop MS within 15 years. In this study, we evaluated the preventive effects of vitamin D3 administration on the conversion of ON to MS (primary outcome) and on the MRI lesions (secondary outcome) of ON patients with low serum 25 (OH) D levels. Thirty ON patients (15 in each of 2 groups, aged 20-40 years) with serum 25 (OH) D levels of less than 30 ng/ml were enrolled in a double blind, randomized, parallel-group trial. The treatment group (cases) received 50,000 IU of vitamin D3 weekly for 12 months and the control group (controls) received a placebo weekly for 12 months. Finally, the subsequent relapse rate and changes in MRI plaques were compared between the two groups. Risk reduction was 68.4 % for the primary outcome in the treatment group (relative risk = 0.316, p = 0.007). After 12 months, patients in the treatment group had a significantly lower incidence rate of cortical, juxtacortical, corpus callosal, new T2, new gadolinium-enhancing lesions and black holes. The mean number of total plaques showed a marginally significant decrease in the group receiving vitamin D3 supplementation as compared with the placebo group (p = 0.092). Administration of vitamin D3 supplements to ON patients with low serum vitamin 25 (OH) D levels may delay the onset of a second clinical attack and the subsequent conversion to MS.

    PMID: 23250818 [PubMed – in process]

  26. Tenho diagnóstico de \em há 3 anos,faço uso de rebif 44.
    Me sinto seugura e só tenho evoluido nas melhoras.
    EM é complicada,mas tem muitos pacientes que buscam uma cura mais que ilusória.
    Participo de minha APBEM e do nosso CREM.Temos toda assistência neurológica, fisioterápica, nutricional,psicológica e motivacional.
    Não trocaria nada do do que tenho hoje por querer imediatísmo inseguro.
    Parabéns pelos seus esclarecimentos.

  27. Diante de tudo o que já foi dito por pacientes que se tratam, só vou fazer um pequeno comentário: acredito que à “verdade absoluta” (citada acima) NENHUM ser humano consegue chegar.

  28. Marli e Ricardo, sobre a questão de ética em pesquisa clínica, aqui é interessante esclarecer: 1) Em se tratando de EM, uma pequisa ética deverá ter, obrigatoriamente, algum tratamento imunomodulador. Nos dois braços de tratamento (grupos de pacientes testados). O tratamento a ser testado, se ele é vitamina D, dose baixa, dose média, dose alta, ginko biloba, ou qualquer outra droga, isso não importa, porque hoje, até hoje, não há certeza de que esta reposição (vit D), possa ser benéfica. Mas há certeza de que a vitamina D interfere com a EM. Portanto, certamente o estudo clínico deverá comparar doses habituais com doses elevadas de vitamina D, e os dois grupos de tratamento deverão ter os imunomoduladores. E para a pesquisa ser absolutamente isenta, o certo é ter, idealmente, financiamento de agência de pesquisa pública (governos, agências de pesquisa, NIH, etc), e ter uma avaliação cega (duplo-cego) — ou seja, nem o paciente sabe o que está usando da pesquisa, nem o médico sabe o que aquele paciente usa. Isso não é da minha cabeça, são regrinhas básicas para uma pesquisa ser totalmente isenta a respeito de qualquer tratamento, e para não haver nenhum chamado viés na pesquisa clínica. Todo remédio que usamos, para ser aprovado, precisa passar por isso. Depois volto complementando mais… Abs Maramelia

    Em resposta a:::
    Prezado Dr, a respeito da sua colocação que é anti-ético dar altas doses de vitamina D, não seria mais anti-ético ainda fazer pesquisa duplo-cego submetendo as cobaias humanas a dores e consequências que eles jamais supõem serem possíveis? Não seria anti-ético esperar uma pessoa perder os movimentos para comprovar que a outra alternativa é a melhor? Não seria anti-ético não seguir a Resolução do Conselho Federal de Medicina, 1098, de 30.06.83, ratificando decisão da Assembléia Mundial de Médicos em Tóquio, de 1975:

    “No tratamento de um paciente, o médico deve ter liberdade para empregar um novo diagnóstico e uma nova medida terapêutica se, em sua opinião, ela oferece esperança de salvar vida, restabelecer a saúde ou minorar os sofrimentos?

  29. Tenho 38 anos, com EM há 5 anos, e conversei com meu neurologista sobre esse tratamento, ele falou exatamente o que este blog escreveu, mas eu queria tentar a vitamina D, sem parar o interferon. Fui do consultorio do Dr. Cicero, ele me atendeu, prescreveu o tratamento e comecei a tomar, mas não percebi nenhuma diferença em relação a antes, e a dificuldade foi depois voltar nele, para um retorno, o que é extremamente difícil de marcar. Fico me perguntando quantos dos pacientes ele realmente consegue ter o feedback, porque no meu caso não consegui, demorou mais de um ano para conseguir agendar um retorno, mas vi que não mudou muita coisa, e acabei desistindo de retornar (para pagar uma consulta tão cara e ter que resposta, se não tive nenhum benefíco adicional?). No final, optei por manter apenas a reposição de vitamina D como meu atual neuro recomenda, para manter um nível bom da vitamina D no sangue. Meu quadro está tranquilo, não tenho surtos há 3 anos e 8 meses, com o tratamento injetável dado pelo SUS. Repondo a vitamina D conforme meu médico manda, e tendo uma vida tranquila, com atividade física regular, boa alimentação, lazer e fazendo coisas boas para ter minha mente bem relaxada e tranquila. Acho que a conjunção de tudo isso é um equilíbrio que nós, portadores de EM, deveríamos todos ter!

  30. Caro Ricardo, obrigada pelos seus comentários. Depois responderei mais detalhadamente sobre suas argumentações, sobretudo sobre ética e pesquisa clínica, assunto do qual tenho algum conhecimento, para compartilhar com vcs todos. Apenas trago aqui um post que publiquei no ano passado: Sobre o Fingolimod — veja lá…
    //www.ineuro.com.br/2012/02/fingolimod-gilenya-causa-11-mortes-e-sera-revisada-pelo-fda-e-ema/
    Fala sobre as mortes pelo efeito colateral em pacientes com doenças cardíacas com este novo tratamento oral. Abs Maramelia

  31. Fabiola, muito obrigada pelos seus comentários. Minhas considerações: O que escrevi não é opinião minha, são fatos. Não sou contra a vitamina D, pelo contrário, muito a favor. Prescrevo para muitos pacientes meus, e para todos com EM. O que é importante ser dito é que, apesar dos relatos isolados de vários pacientes, na Internet, do Dr. Cícero e sua equipe, sobre a melhora, etc e tal, isso não é suficiente, do ponto de vista médico-técnico, para afirmar que este tratamento é realmente efetivo. Daqui há uns 2 anos, talvez, tenhamos esta resposta (porque já está em andamento um estudo clínico randomizado e controlado sobre este tratamento). Creio que a resposta será positiva. Porque várias evidências apontam para isso. Mas hoje, 12 de setembro de 2013, ainda não temos esta certeza, e este tratamento ainda é considerado mundialmente experimental e alternativo. Isso não significa que vc ou qualquer outro não deva fazê-lo. Isso é uma decisão sua. E eu, como médica neuro, por se tratar de algo experimental, não posso fazê-lo, sob pena de, dando algo errado, poder ser responsabilizada civil e criminalmente por isso. Portanto, esta responsabilidade, temos eu e a imensa grande maioria de neuros que tratam de EM neste país. Lembra-se da história da CCSVI? Da insuficiência venosa crônica em EM? Relatos vários de casos e pacientes que foram para a Europa e Canada, e alguns nos EUA, para fazer o tal tratamento com stent nas veias… Vários vídeos no Youtube… Gente mostrando que melhorou, mas depois vieram os estudos controlados, foram negativos. Medicina não se faz com relatos isolados, videos de Youtube, relatos em Internet ou blogs ou foruns na Internet… Mas com estudos, trabalhos que devem ser sérios e de boa qualidade técnica e estatística. Se não for assim, não vale. Se não for assim, nós neuros não poderemos usar o que não é comprovado (a não ser que o paciente aceite e assine um termo dando ciência que está participando de um tratamento experimental, ou de uma pesquisa clínica). Depois falarei mais sobre pesquisa clínica e ética em pesquisa, é um tema interessante. Abs Maramelia

  32. Sou portador de E.M usei betaferon 1 ano e meio e o que era para se esperar efeitos colaterais a ponto de ter dias chegar a pensar que estava em surto.Iniciei o tratamento com vitamina D a 10 meses…resumindo escala EDSS de 5.5 para 3.5 em 6 meses de vitamina. a Seguir algumas coisas :

    1 – Citam demais os possíveis efeitos da ingestão da vitamina D, principalmente questões renais, mas os inúmeros efeitos colaterais ao organismo acarretados pelo uso de interferon não citam, o tratamento com vitamina D tem mais de 10 anos, conhecem alguém com problemas renais ? pois eu conheço pessoas que tiveram progressão da E.M tomando interferon, figado comprometido e acredito não ser de conhecimento de todos mas o medicamento que vários neuros dizem ser o mais avançado no tratamento de E.M da Novartis o Gylenia já matou 11 pessoas não vi ABEM, ABN e este blog falando a respeito.

    2- Muita falta de informação, nos dias atuais temos em nosso beneficio o acesso fácil a informação através da internet, tenho que “ouvir” UMA BOBAGEM DESSA sobre o pais ser tropical , a vitamina vir do sol …faça um exame para medir seu nível sérico de vitamina D no sangue, a forma de absorção depende até da amplitude dos raios solares.

    3- Michael Hutchinson neurologista, consultor e trabalhou para Biogen Idec (Fabricante do AVONEX) ele foi questionado pelo Multiple Sclerosis Journal sobre dar 10.000ui de vitamina D para seus pacientes, e a resposta foi “Of Course No” ou seja não. Mas se anormalidades nas ressonâncias forem nele ou parentes dele então a resposta foi: “então eu não hesitaria em prescrever vitamina D para eles.” Será porque isso ocorre ? para pacientes os neurologistas não indicam, mas quando envolve laços de família, laços sentimentais ele prescreveria ? sabem me informar o motivo ? pois em BH há uma neurologista que é contra esse tratamento, mas uma amiga médica apresentou ressonâncias com lesões e sinais de lhermitte , pois ela indicou o tratamento a amiga…será porque para amiga é indicado o tratamento que não tem comprovação nem reconhecimento como efetivo pela Academia Brasileira de Neurologia, órgão máximo que rege a especialidade no nosso país. ? sabem me informar ?

    Fonte: Multiple Sclerosis Journal
    //msj.sagepub.com/content/19/2/143.full

    4 – A indústria Farmacêutica ao longo de 2 décadas, afastou-se do NOBRE PROPOSITO ORIGINAL de descobrir e produzir novos medicamentos uteis.Agora, tendo-se tornado essencialmente uma máquina de marketing para vender medicamentos de beneficio duvidoso, essa industria usa de sua fortuna e seu poder para cooptar cada instituição que possa interpor em seu caminho, congressos, associações, centros médicos acadêmicos, e a própria profissão médica . (A maior parte dos seus esforços de marketing é concentrada no objetivo de influenciar médicos, já que são eles os responsáveis por prescrever medicamentos). Laboratórios exercem um nível de controle sobre o modo de conduzir pesquisas.O objetivo nítido é o de viciar os dados para garantir que seus medicamentos apresentem bom desempenho.

    5- é muita falta de informação, ignorância, falta de ética medica, descumprimento do que diz o juramento da profissão médica, quer conferir um pouco de como funciona a relação laboratório x médicos ..confira o vídeo do jornal da band : //www.youtube.com/watch?v=pE9UyooMFHw

    6- Se seu filho fosse diagnosticado com E.M, você aceitaria ele fazer parte de um grupo de controle usando placebo com 50% de chance de estar tomando “farinha” ?

    7- “Para quem faz o tratamento com Vitamina D, nenhuma explicação é necessária. Para quem não faz, não lê a respeito e não acredita, nenhuma explicação é suficiente”

  33. Caros, desculpem-me a demora em publicar os comments. Mas alguns deles caíram na caixa de spams… Abs Mara

  34. Prezado Dr, a respeito da sua colocação que é anti-ético dar altas doses de vitamina D, não seria mais anti-ético ainda fazer pesquisa duplo-cego submetendo as cobaias humanas a dores e consequências que eles jamais supõem serem possíveis? Não seria anti-ético esperar uma pessoa perder os movimentos para comprovar que a outra alternativa é a melhor? Não seria anti-ético não seguir a Resolução do Conselho Federal de Medicina, 1098, de 30.06.83, ratificando decisão da Assembléia Mundial de Médicos em Tóquio, de 1975:

    “No tratamento de um paciente, o médico deve ter liberdade para empregar um novo diagnóstico e uma nova medida terapêutica se, em sua opinião, ela oferece esperança de salvar vida, restabelecer a saúde ou minorar os sofrimentos?

  35. caro dr concordo com o senhor sou portadora de em eu fico pensando que a vitamina d vem do Sol morando num pais tropical ninguem teria em sol não falta no pais assisti o globo reporter e percebi que o medico falou que a quantidade de vitamina pode trazer problemas renais e é necessario fazer dieta rigida o batenteferon não me causa nada e é pesquisado pprefiro continuar com meu tratamento sabendo que estaestabilizada minhas lesões prontotambem falei

  36. Eu pergunto o porque um profissional de saúde,vem publicar uma matéria sobre o que não conhece,acho que só para levantar duvidas sobre algum procedimento,novo e que Médicos de coragem vem a publico,implantando protocólos totalmente novos,com um sucesso maravilhoso,contribuindo com a melhora efetiva de muitas pessoas que necessitam de ajuda,visto que são absurdamente destratadas pela sociedade civil,quanto pela sociedade médica,considero validas todas as iniciativas,que venham a implantar tratamentos eficazes para toda e qualquer doença.Parabens Dr.Cicero Galli Coimbra,por sua iniciativa e aos criticos que se impenham em criar problemas e duvidas…fica aqui minha tristeza,por infelizmente contar com profissionais que só sabem prescrever o que a DONA INDUSTRIA FARMACEUTICA manda!!!!!!!!!!!!!!! Deixe-nos em paz com nossas iniciativas,são poucas mas são muito validas,afinal são nossas vidas que estão em jogo.Continuem a prescrever seus tratamentos,que a Dona Industria Farmaceutica determina…Só que nós procuramos ser efetivamente curados, não enrolados com medicamentos MODULADORES “ENROLADORES”,QUE ESSES SIM,NOS DEBILITAM…E NÃO CURAM NADA,simplesmente faturam milhões de dolares às custas das nossas desgraças.

  37. Alexandre, se fosse você conversaria com seu (ou sua) neuro, e combinaria com ele (ou ela) de aumentar a dose da reposição da Vit D para 2, 3 ou 4000UI ao dia, controlando os níveis de cálcio no sangue e urina, para monitorar, mas certamente não pararia o tysabri, que é uma excelente terapia. Sou neurologista, e tenho a esperança de que doses mais altas de vitamina D realmente sejam necessárias de forma adjuvante ao tratamento com imunomoduladores. Cito aqui um excelente estudo europeu (finlandes, creio eu), que relacionou níveis de > 50-75 ng/ml de Vit D no sangue como mais seguros para não ter tido EM durante a vida, num grupo de mulheres daquela região… Ou seja, será que temos que atingir estes níveis para deixar os pacientes mais seguros? Outra grande esperança nossa é de o SUS (no Brasil) começar a dar o tratamento com comprimidos, o que vem se demonstrando mais efetivo do que os tratamentos atuais (interferons e glatiramer)… Abs Mara

  38. Estudos feitos em 1986, usando 5.000 UI de vitamina D por dia, mostraram redução de 50% nos surtos dos portadores de E.M. Uma dose pequena, mas que já revelava uma eficácia superior à atualmente atribuída aos interferons, que chega a 30%, às vezes também questionados. Mas ninguém se debruçou sobre esses dados de 1986 com determinação de investigar uma solução barata e viável para uma doença particularmente devastadora. Anos depois, um neurologista dedicou-se a trabalhar com dose de 10.000 UI, realista, pois corresponde a um banho de sol de bermuda e regata. E os pacientes começaram a melhorar. Mesmo lutando contra todo tipo de críticas, o Dr. Cícero continuou o seu trabalho e hoje são inúmeros os beneficiados pela sua generosidade e comprometimento com o paciente. Hojejá se sabe que os pacientes apresentam um polimorfismo genético, um defeito no mesmo gene onde se origina a E.M. que provoca resistência à vitamina D. Isso está cientificamente comprovado e publicado. Entre os beneficiados pela boa vontade e dedicação do Dr. Cícero Galli Coimbra está a minha filha, estudante do 5° ano de Medicina. Dos primeiros sintomas, ainda não diagnosticados, até o maior surto foram 15 meses, Identifico 4 surtos nesse período, cada um mais violento do que o anterior, com períodos de fadiga. Ela recusava-se a começar com o AVONEX temendo os efeitos colaterais, inclusive as consequências de tomar um imunomodulador e frequentar hospital. O último surto, devido a uma virose, provocou hipoestesia das costelas para baixo, com necessidade de pulsoterapia. Quinze dias depois, ela começou com a Vitamina D. Já se passaram 17 meses sem nenhum surto, pelo contrário, ela tem uma rotina exigente, própria do curso que faz, com plantões, exposta a viroses, infecções. Mas nunca mais teve sequer uma gripe. Participou da JMJ no Rio e caminhava de 5 a 7 km por dia, tomando chuva na rua e banho frio no alojamento. Muita gente teve a sua vida destruída pela E.M. nesta última década. Mas muitos foram socorridos e viraram essa página. Espero que as evidências (ao invés dos estudos duplo-cegos, que levam no seu bojo a visão desumanizante de que os fins justificam os meios) sejam suficientes para os neurologistas reconsiderarem a sua conduta terapêutica e a sua atitude. Minha filha faz parte dessas evidências! Muito obrigada, Dr. Cícero Galli Coimbra!

  39. Por último, se as doses altas de vitamina D forem sem dúvida realmente efetivas nestes estudos novos, na primeira análise interina dos números do estudo, o comitê de segurança e ética do estudo, vendo se funcionou mesmo, mandará interromper o estudo, atestando a real efetividade da terapia… É assim que acontece com testes de terapias diferentes. Surge hipótese, a hipótese é testada, se é comprovada, vira prática clínica. Espero poder estar aqui, num futuro próximo, falando que isso funciona. E espero poder fazer nos meus pacientes também. Infelizmente, por enquanto, são só conjecturas.

  40. (continuação…) Caros pacientes, saibam de uma excelente notícia, está em planejamento, um protocolo clínico – prospectivo (planejado) e controlado com placebo (testarão 2 grupos: um com terapia modificadora + vit D doses altas; e outro grupo com terapia modificadora + placebo de vit D doses altas) — para testar as doses altas de vitamina D em casos de EM. Isso, sim, é uma excelente notícia. Temos que ver se isso funciona mesmo, ter a comprovação, para poder atuar praticando. Mas um estudo desse deve ser comparado com grupo controle, sempre colocando nos dois grupos de tratamento a terapia convencional, que é, esta sim, modificadora da doença. Ou seja, antiético é não dar os tratamentos convencionais… Mas dar apenas a vitamina D em doses altas é antiético. Não é errado o paciente tentar este tratamento (cada um pode fazer o que quiser, desde que saiba o que está fazendo), mas é errado o médico dizer que esta é a salvação da lavoura sem haver comprovação científica. E se ele (Dr. Cícero e sua equipe) já tem estas evidências científicas com a vasta experiência de anos deste “protocolo”, também seria muito recomendado que ele as compartilhasse com a comunidade, publicando-as em revistas médicas, pois isso é o esperado. Por isso comentei que sempre esperamos as publicações, que não aparecem.

  41. eu faço esse tratamento MARAVILHOSO!!!!! e me desculpe mas queria q vc ou um parente mto proximo tivesse EM , aí sim queria ver se tomaria um interferon ou a vitamina””””pronto falei

  42. Assim, nao eh LICITO o Sr publicar a SUA VERDADE COMO A VERDADE ABSOLUTA.
    Entre em contato com portadores que tem EM e fazem o tratamento com o Protocolo da VITAMINA D.
    O estudo do Dr Cicero Halli Coimbra ja existe com duplo cego ramdomizado, basta compatar seus pacientes vom os pacirntes que fazem tratamentos convencionais.
    Eu sou portadora de EM fiz por quase 5 anos tratamento convencional(Interfetins e afins) e nenhuma melhora, muito sofrimento.
    Ha 1 ano faco tratamento com as Vitaminas e nunca me senti mais aninada, com firca fisica, sem as exaustoes, vendo e caminhando normalmente.
    Esse resultado eh inegavel e incomparavel aos concencionais.
    Atenciosamente,
    Fabiola Voges
    ps.: ja tem no Bradil, cerca de 12 medicos usando o protocolo.

  43. Ilda, Obrigada pelo seu comentário. A discussão é muito importante pra mim. Tenho uma pessoa da família com esclerose múltipla, além de vários pacientes (os quais trato sempre como se fosse um membro da minha família!!!! Com o que tenho e com a melhor prática possível), e esta pessoa (meu parente) faz o tratamento convencional, o que tem comprovação científica, com terapia modificadora da doença (interferon ou glatiramer, porque as pílulas ainda não estão disponíveis no SUS). Eu nunca usaria qualquer protocolo que não tenha comprovação de benefício. Porque se algo der errado, não terei respaldo nenhum na literatura médica para fazer isso, e poderei ser processada civilmente e criminalmente, se levar a algum dano. Se seu filho melhorou, depois que começou a tomar Vit D em doses altas, como saber se melhorou por causa da vit D ou se foi efeito placebo? Não tem como responder isso. Só um estudo controlado (não estou dizendo para seu filho ou qualquer um fazer, mas é assim em Medicina). Daí vc me diz::: Ah, Dra. Mara, mas as ressonãncias mostraram que as lesões diminuíram… Mas todo caso de EM remitente -recorrente, num momento as lesões estão maiores (nos surtos, geralmente), em outro (períodos de remissão) as lesões regridem, somem ou diminuem… Isso é o habitual da evolução da doença, como o seu próprio nome diz. O que eu quero dizer é o seguinte: do ponto de vista estritamente técnico, não há como saber se seu filho melhorou por causa da Vit D apenas, ou por uma conjunção de fatores (imagina a confiança que uma palavra, uma esperança, pensamentos positivos, o dito “efeito placebo” – pode ter…) . Numa doença como EM, isso tem MUITA IMPORTANCIA… Cabeça boa, tranquila, é igual a um paciente mais saudável, menos doente. Estresse, preocupação, é o contrário… (continua…)

  44. Senhor,
    Eh necessario ser mais “vigilante” em relacao as publicacoes cientificas sobre ultimos estudos efetuados com a Vitamina D.
    As publicacoes nao estao indo para os livros academicos por algum outro interesse.
    Tenho ciencia de 5.000 estudos publicados.
    Recentemente, agosto de 2013, houve um Simposio sobre o Protocolo de tratamento com a presenca de Dr Michael Holick, entre outros,
    onde estavam presentes mais de 70 medicos neurologistas.
    Suas considetacoes

  45. Pronto Falei!
    Se fosse você ou algum membro de sua família com EM usaria o protocolo do Dr. Cicero?
    Meu filho fazia o tratamento convencional e só estava piorando. Com a vitamina é outra pessoa. Tem vida normal, com todas as energias características da sua idade ((31 ANOS ). Faz um ano que se trata, repetiu as ressonâncias esta semana, ainda não tenho os resultados, mas só pela diferença em todos os seus membros, tenho certeza que as lesões diminuíram ou até mesmo desapareceram. Vou publicar os resultados. Bendita Vitamina!

  46. Dr boa noite.

    Com certeza essas duvidas passam em nossas cabeças. Eu nao faço o tratamento em altas doses. Meu nível de vit esta em torno de 20 ng/ml. Tomo 10000 UI todo santo dia e o nível nao aumenta.
    Uso o Tysabri a 4 anos, foram 2 anos de melhora e 2 piorando. Uso tb Fampyra, foi 1 mês bom e depois os efeitos diminuíram muito. Nenhuma RNM apresenta lesões ativas desde o uso do Tysabri. Faço pulsos. E tenho boa ,melhora e depois pioro.
    O queme resta é experimentar o novo. O que o senhor faria no meu lugar? Hoje trabalho mas, esta cada vez mais difícil. Se nao tentar vou acabar me aposentando. E nao quero isso. É claro que sendo bem conservador vou manter os remédios tradicionais e a vit D.
    Vamos ver, vou pagar para ver, uma vez que o efeito colateral da esclerose vem me debilitando.

    Desculpe pelas palavras, nao quero defender o lado de ninguém mas, somente passar a situação confusa que passa em nossas cabeças.

    Se o senhor retornar ficaria muito agradecido.

    Grande abraço.

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