Sem categoria
Microcateter robótico: O que os engenheiros do MIT estão desenvolvendo
Vejam só:
Mechanical engineers have developed a steerable, thread-like robot that can actively glide through narrow, winding blood vessels. This robotic thread could help doctors treat blockages and lesions that occur in aneurysms and stroke.
Video by Melanie Gonick/MIT pic.twitter.com/G4yHC4Nlg3
— Massachusetts Institute of Technology (MIT) (@MIT) September 3, 2019
Dr. Ronie Piske
Tristeza.
Muita tristeza. Dr. Ronie Piske, grande neurorradiologista intervencionista, faleceu esta manhã, em S. Paulo.
Deixará seu legado na especialidade, e muitos, muitos discípulos, que receberam seus ensinamentos ao longo de décadas, nas angiosuites da Beneficência Portuguesa.
Que Deus conforte a família e os amigos mais próximos. A Neurologia Vascular e a Neurointervenção perderam um de seus pioneiros.
VELÓRIO: Capela Beneficiencia Portuguesa. Rua Maestro Cardim nº 769, Bela Vista
SHINE Trial: Controle intensivo da glicemia no AVCi agudo
Publicado na JAMA. Já tinha sido apresentado em fevereiro, no ISC 2019. O estudo foi negativo.
LINKS.
Consenso Brasileiro sobre o tratamento de Migrânea Crônica
Atenção, atenção!!!!!!
Assunto importantíssimo, prevalente, bastante comum na prática ambulatorial em Neurologia Clínica.
Leitura OBRIGATÓRIA.
Neuralgia trigeminal: Guideline da European Academy of Neurology
Apresentado no congresso europeu de Neurologia, e publicado a revista oficial do evento. Acesso livre, gratuito.
LINK
Leituras da semana
T. Mills. The Top AI Healthcare Trends Of 2019. Forbes. June 28, 2019.
What`s up, doc? The front line of England’s NHS is being reinvented. The Economist. June 27, 2019.
Ele está consciente, doutor? Ativação cerebral pelo EEG, em coma arresponsivo
Este artigo é fenomenal! E será – sem dúvida, uma referência a partir de agora, no entendimento do assunto complexo que é prognosticar pacientes com coma arresponsivo em situações de lesões cerebrais agudas.
Foi publicado na semana passada, na NEJM, com editorial e inúmeras manifestações e críticas, todas bastante positivas, por expoentes importantes da Academia, nas redes sociais.
Estudo
O grupo de pesquisadores americanos da Columbia University (NYC) liderados por Jan Claassen, estudou prospectivamente grupo de pacientes na neuroUTI do seu hospital, que tinham diversos tipos de lesão cerebral aguda e estavam em situação de coma sem resposta aos estímulos verbais.
Avaliaram as respostas no EEG destes pacientes, com a adição de machine learning no EEG para a detecção destas respostas, quando estes pacientes eram expostos a estímulos verbais à beira-leito. Depois disso, avaliaram desfechos funcionais na alta em em 12 meses (usando a GOS-extended scale) e compararam estes desfechos clínicos com os achados das respostas eletrofisiológicas no EEG.
De um total de 104 pacientes estudados, 16 (15%) tiveram ativação cerebral detectada pelo EEG modulado com software de IA-Machine learning.
50% dos casos com resposta no EEG, versus 26% nos casos sem resposta, melhoraram de algum modo durante a internação, ao ponto de atenderem comandos simples antes da alta.
Em 12 meses de follow-up, 44% dos pacientes com respostas positivas no EEG, versus 14% nos casos sem resposta, tiveram escala GOS-E de 4 ou mais pontos, significando, portanto, independência funcional de pelo menos 8 horas durante o dia (OR, 4.6; 95% Cl, 1.2-17.1).
Ou seja, apesar de pequeno, unicêntrico, uma barbaridade de observação clínica, principalmente em se tratando de centro americano, onde, sabemos, existe bastante a conduta de retirada de cuidados – às vezes bastante precoce, a chamada self-full-filling prophecy… Os autores concluíram que – na fase aguda de uma lesão cerebral aguda, cerca de 15% com exame clínico de coma arresponsivo, apresentam ativação cerebral no EEG, aos comandos motores.
LINKS
Claassen et al. Detection of Brain Activation in Unresponsive Patients with Acute Brain Injury. NEJM 2019.
Menon & Chennu. Inverting the Turing Test — Machine Learning to Detect Cognition in the ICU. NEJM 2019 – Editorial.
Eculizumab foi eficaz para NMO: Resultados do PREVENT Trial
Publicado na NEJM em 3 de maio e com apresentação programada para dia 7 de maio na Filadélfia, no Congresso Americano de Neurologia, o estudo PREVENT – Prevention of Relapses in Neuromyelitis Optica, estudo randomizado e controlado fase 3, que avaliou prospectivamente 143 pacientes com NMO com anticorpos AQP4 positivos, tratados de abril de 2014 a outubro de 2017, em 70 centros de 18 países.
Foi financiado pela Alexion, companhia que produz o Eculizumab (Soliris), um anticorpo monoclonal que inibe a proteína do complemento C5, prevenindo sua quebra em C5a, molécula que é proinflamatória e coordena a formação de complexos que atacam a membrana celular em doenças autoimunes.
O nome comercial da droga é Soliris. Já ouviram falar? Sim, é aquela droga caríssima, conhecida como “a droga mais cara do mundo”, a mesma usada na Hemoglobinúria Paroxística Noturna, e também aprovada pelo FDA para casos atípicos de Síndrome hemolitico-urêmica (SHU) e miastenia gravis generalizada,
O grupo tratado (n=96) recebeu 900mg da droga por via endovenosa, semanalmente nas primeiras 4 semanas, seguindo-se doses de 1200mg quinzenais. O grupo placebo teve 43% (20 em 47 casos) de crises de recorrência da doença (relapses), versus 3% (3 casos) no grupo ativo do estudo (HR 0,06, 95% CI, 0,02-0,20; p< .001). O desfecho secundário de crises de recorrência anuais foi de 0,02 no grupo do eculizumab e 0,35 no grupo placebo (rate ratio, 0.04; 95% CI, 0.01 to 0.15; P<0.001).
A mudança de escore EDSS foi similar nos dois grupos (-0,18 vs 0,12, para grupo ativo e placebo, respectivamente).
LINKS
Pittock et al. Eculizumab in Aquaporin-4–Positive Neuromyelitis Optica Spectrum Disorder – PREVENT Trial. NEJM 2019.
Significância estatística: Artigo da Nature questiona o valor do P…
Mais de 800 signatários assinam o artigo, um comentário de 3 estatísticos, publicado na edição deste mês da Nature…
LINKS
Amrhein et al. Scientists rise up against statistical significance. Nature 2019.
Lista dos signatários do artigo.
Editorial. It’s time to talk about ditching statistical significance. Nature 2019.
Wasserstein et al. Moving to a World Beyond “p < 0.05”. Am Statistician 2019.