Zika Vírus, grávidas e Microcefalia no Rio de Janeiro

O Brasil está nas capas das principais revistas médicas de todo mundo.

Infelizmente. Porque a causa disso considero uma tragédia. Milhares nascidos com microcefalia, filhos de uma epidemia sem controle no nosso país.

Lancet e NEJM estão garfando, se estapeando, por todo e qualquer material relacionado a este intrigante mistério, que começa a ser agora desvendado, do vírus Zika e da Microcefalia, e das doenças neurológicas relacionadas.

Mais um destes estudos, agora com grávidas que tiveram infecção pelo Zika no RJ, foi publicado semana passada pelo grupo colaborativo de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e UCLA.

O estudo comparou 72 grávidas com infecção confirmada por PCR (sangue ou urina ou ambos) e 16 grávidas sem Zika, e demonstrou que 29% dos casos infectados tiveram anomalias do desenvolvimento do SNC intraútero, detectados pela ultrassonografia obstétrica, desde o desenvolvimento do SNC fetal até anormalidades placentárias.

Os resultados do estudo, ainda não terminado, foram primariamente publicados (dados ainda incompletos), pela relevância e incertezas sobre o tema atualmente.

Nenhuma grávida do grupo não infectado teve tais alterações.

Vale a leitura. Parabéns aos médicos cariocas e pesquisadores da UCLA.

LINKS

Brasil et al. Zika Virus Infection in Pregnant Women in Rio de Janeiro — Preliminary Report. NEJM 2016.

Barreto et al. Zika virus and microcephaly in Brazil: a scientific agenda. Lancet 2016.

Victora et al. Microcephaly in Brazil: how to interpret reported numbers?. Lancet 2016.

Heymann et al. Zika virus and microcephaly: why is this situation a PHEIC? Lancet 2016.

Horton R. Offline: Brazil—the unexpected opportunity that Zika presents. Lancet 2016

Editorial The Lancel Neurology. Zika virus: a little less speculation, a little more action.

 


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