by Por Maramelia Miranda
Estou aqui no consultório, tranquila, alegre e contente, terminando de orientar minha paciente com AVCh, e a paciente retira da bolsa a tampa do produto, disparando:
– Doutora, a senhora já prescreveu este produto que aumenta as sinapses dos neurônios?! Uma amiga minha disse que começou a tomar… O que acha?
Lá vem! De novo a história do iogurtinho para Alzheimer.
Pois bem. Vamos aos fatos:
1. O marketing está grande. Muito grande. Cuidado, colegas.
2. Realmente, houve um estudo clínico randomizado, publicado na Alzheimer’s and Dementia de 2010 – AQUI, que mostrou uma melhora de memória de evocação em pacientes com DA leve que usaram o composto nutricional diariamente por 12 semanas.
3. O estudo foi patrocinado pela companhia (Danone). Seu autor principal (Philip Scheltens) e o centro de pesquisas local do estudo receberam e recebem fundos “irrestritos” deste patrocinador, ou seja, o conflito de interesse é potencialmente presente.
4. O composto contém, basicamente: ômega 3 em doses boas, recomendáveis em anteriores trials clínicos na área de doenças cerebrovasculares para reposição diária (EPA/DHA de 300/1200mg), além de ácido fólico, vitaminas do complexo B, selênio, vitamina E e C, além da uridina e da colina.
5. Em 2012, o mesmo grupo publica um segundo estudo – AQUI, similar ao primeiro, agora testando o “danoninho” por 24 semanas, usando como end-points escalas clínicas de avaliação cognitiva, como o teste de evocação verbal – lista de palavras de Rey, e a escala de memória de Wechsler. Fizeram também EEG nos grupos placebo e ativo. De novo, estudo positivo, a favor do grupo de tratamento. Mas o mesmo PI, agora em centros diversos na Europa.
Tirem suas próprias conclusões. Ainda sou um pouco São Tomé, principalmente quando os resultados não são replicados em locais e grupos diferentes… Vamos aguardar novos estudos? Eu, certamente o farei.
Em tempo: no começo, o preço no Brasil era de 10 reais por dose (um frasco de 125ml ao dia) = 300 reais ao mês. O preço já baixou 20% nestes 12 meses de uso prático do complemento. É pagar (literalmente) para ver no que dá…
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Gostaria de ter informacoes mais consistentes sobre o Souvenaid
Obs. Minha esposa (60 a) tem EM a mais de 5 anos e como eu já usava o Nutridrink em sua alimentação, adquirir o Souvenaid por volta do fim do ano passado e iniciei a administra-lo como complemento à sua alimentação. Logo nas primeiras semanas ela apresentou melhoras, passou a ficar mais participativa, e ainda continuo a usar e tenho notado ganhos em seu estado geral. Tive experiência também com a minha mãe (92 a) quando apresentou um quadro de esquecimento em coisas rotineiras, passei a dar para ela este complemento alimentar e notei também ganhos significativos, porém suspendi pois ela ao tomar por via oral, passou a não tolerar mais o sabor forte que ele tem, então suspendi e aproximadamente 60 dias depois notei que o ganho que eu tinha tido como resposta, havia sido perdido; em comum acordo com outro parente, voltei a dar a ela o complemento, agora adicionado a sorvetes e ela passou a ter menos intolerância e voltamos a ter os ganhos novamente. Não conheço ninguém da Danone, além das telefonistas que atendem ao telefone do programa Sabor de Viver, quando faço as compras, portanto não tenho nenhuma vantagem financeira em fazer estas colocações. Este relato que faço esta a disposição para confirmarem a veracidade do que digo e eu gostaria de ter informações científicas mais aprofundadas sobre o fato, pois seria de grande valia não só para mim, mas como para diversas pessoas que com certeza gostariam de poder ajudar os idosos, as pessoas que sofrem de EM, ou outras patologias que afetam o nosso sistema neurológico. Fico muito grato se atentarem para a solicitação que faço e espero contar com informações científicas sobre o uso do Souvenaid, para melhor avaliação sobre seu uso.
Saudações
Daniel
Ótimo post
Parabéns pelo site.
Alexandre-RJ