Convulsões e Epilepsia: Entenda qual é a diferença!

Por Maramélia Miranda ** (atualizado em Junho de 2018).

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O que é epilepsia e convulsão? Existe cura? Qual a diferença entre ataque epiléptico e epilepsia?

Convulsões, ou crises convulsivas, acontecem frequentemente na prática clínica. Dados americanos estimam a ocorrência de crises convulsivas em cerca de 5% da população. É uma condição muito frequente, em todas as idades, especialmente em crianças nos primeiros anos de vida. A convulsão acontece por causa de uma falha na condução elétrica no cérebro, levando à maior atividade elétrica em algum ponto suscetível deste, o que provoca os sintomas da crise convulsiva (abalos musculares, perda da consciência, salivação, e em alguns casos perda esfincteriana – diurese e evacuação espontânea durante as crises).

Tipos de convulsões

O tipo mais comum e conhecido de convulsões é a crise convulsiva generalizada, onde o indivíduo desmaia, e começa a ter abalos generalizados, sem nenhuma consciência, geralmente revirando os olhos e com hipersalivação acompanhando o quadro. Este tipo de crise, tecnicamente chamado de crise convulsiva generalizada-tônico-clônica, é o caso mais urgente e grave que pode acontecer no manejo das convulsões, uma vez que deve ser prontamente atendido, para evitar lesões cerebrais futuras. Existem entretanto, outros tipos de crises convulsivas, como as crises de ausência – onde o indivíduo apenas perde a consciência e fica com o olhar parado por segundos, voltando ao normal em seguida; as crises parciais complexas, como explica o próprio nome, são mais heterogêneas, e podem dar sintomas mais diferentes, como movimentos da boca, virada da cabeça, mistura de vários movimentos estranhos, sempre com alguma perda da consciência, mas sem desmaio completo, como ocorre nas crises generalizadas. Por fim existem ainda as crises parciais simples, onde o indivíduo acometido apresenta apenas sintomas focais sem nenhuma perda da consciência, como estar num momento conversando e de repente ter um abalo involuntário no braço e perna, incontrolável, ritmado, sabendo descrever tudo o que aconteceu depois disso.

Diagnóstico clínico

Ao levar o parente ou familiar que teve convulsão para ser avaliado pelo médico / neurologista, é muito importante a presença de alguém que testemunhou a crise convulsiva, uma vez que a maioria destas convulsões são generalizadas ou parciais complexas, e o próprio paciente não saberá, portanto, descrever com detalhes tudo o que aconteceu durante o evento. Este detalhamento é importante para o neurologista tentar descobrir a origem ou localização provável da crise, além de tentar classificar esta crise para decidir corretamente a medicação mais apropriada. A classificação das convulsões, além de importante para determinar o melhor medicamento, serve também para tentar estabelecer alguma relação com possíveis causas do problema.

Causas de Epilepsia e Convulsões

A epilepsia ocorre principalmente em crianças, mas pode afetar todas as idades. As causas mais frequentes no adulto são: traumatismo craniano, acidentes vasculares cerebrais (AVC), tumores, malformações vasculares, doenças metabólicas, doenças infecciosas cerebrais ou doenças cardíacas. Na criança, as causas mais comuns são fatores ou doenças genéticas, problemas de oxigenação cerebral ocorridos durante a gestação ou parto, malformações cerebrais, infecções / meningites, e por último as tão conhecidas convulsões febris (decorrentes de febre alta em crianças menores).

Exames complementares

Geralmente o neurologista ou neuropediatra, além de uma boa e detalhada história do acontecimento, ouvindo atentamente o paciente, família e testemunhas da(s) crise(s), costumam solicitar outros exames, como laboratório (exames de sangue ou urina) e eletroencefalograma em todos os casos. Em alguns casos específicos, uma tomografia do crânio e/ou ressonância também são necessários. Este conhecimento de que nem sempre é preciso fazer uma tomografia ou ressonância é fundamental, sobretudo para as famílias de crianças com crises ou adultos com histórico de epilepsia. Nestas últimas situações, uma vez que se classifique a crise ocorrida como, por exemplo, uma convulsão febril numa criança menor, ou um jovem com epilepsia mioclônica co crise convulsiva, não é preciso fazer exames de imagem, sendo estes absolutamente desnecessários!

Convulsão ou Epilepsia? 

Nós neurologistas ouvimos muito este questionamento; e sua explicação é relativamente simples: uma pessoa pode ter uma ou duas convulsões pontuais durante sua vida toda; neste caso, dizemos que o paciente teve crises, convulsão, mas não tem epilepsia.

Por outro lado, o diagnóstico de epilepsia é dado geralmente quando um mesmo indivíduo apresenta duas ou mais convulsões. Nestes casos, caracterizando corretamente a repetição das crises, o seu tipo, e possível causa destas crises convulsivas, denomina-se que o indivíduo tem o diagnóstico de Epilepsia.

O que fazer para ajudar alguém durante uma convulsão?

Primeiro: não se desesperar. Depois, seguir o passo a passo:

  1. A testemunha, amigo ou familiar deve colocar a pessoa deitada, de preferência no chão, com algum apoio na cabeça (roupa ou almofada) e com a cabeça virada de lado (para evitar engasgos com saliva ou vômitos);
  2. Outra pessoa deve imediatamente chamar ajuda por telefone (SAMU, ambulância ou transporte);
  3. Nada de tentar puxar a língua do paciente ou enfiar dedos na boca: no momento da crise, a força e rigidez do paciente pode machucar os dedos de quem tenta fazer isso!
  4. Esperar e tentar arejar o ambiente, pois em geral as crises duram poucos minutos. Se a crise demorar mais do que o habitual, transportar o paciente em ambulância e levar imediatamente ao hospital.

contar tempo de crise

Tratamento

Atualmente há uma gama bastante variada de medicamentos que são muito efetivos para controlar as crises convulsivas e epilepsia. O mais importante é ter o conhecimento que a epilepsia pode e deve sempre ser adequadamente tratada, para proteger o indivíduo de ter futuros ataques, o que pode ser fatal se isso ocorrer enquanto dirigindo, atravessando uma rua movimentada, manejando máquinas ou subindo escadas.

Aqui vai um outro recado: convulsão não mata pelo simples fato da crise em si, mas quando esta crise ocorre num local e situação em que possa acontecer um acidente, por causa da perda da consciência ocorrida durante a crise.

Cirurgias

Este tratamento é reservado para casos onde se detecta alguma lesão ou problema anatômico levando às crises, ou em casos de epilepsia de difícil controle, para tentar ajudar o tratamento com remédios.

Dicas valiosas…

… Para quem teve ou tem convulsões / epilepsia:

Independentemente se você ou algum parente seu toma ou não medicamentos contra convulsões, estas pessoas devem ter em mente que são mais sensíveis, mais suscetíveis às alterações elétricas cerebrais, por isso, a seguir, situações que devem ser evitadas:::

..:
1 – evitar situações de infecções prolongadas ou febre; sempre que tiver alguma infecção ou febre, já iniciar seu tratamento;
2 – evitar períodos de jejum prolongado ou pular refeições (procurar sempre fazer refeições intervaladas com pelo menos 3-4 horas);
3 – evitar privação de sono (passar uma noite acordado, trabalho ou lazer por horas e horas sem períodos de descanso);
4 – evitar o uso excessivo de álcool;
5 – evitar ambientes com estímulos luminosos extremos e repetitivos (por exemplo, entrar numa balada, boate ou casa noturna, e ficar na pista de dança olhando diretamente para aquelas luzes piscantes, o tempo todo!!!)

Martin Pacha 1

6 – Por último, o mais importante: se tiver epilepsia, procure não esquecer de tomar o medicamento anticonvulsivo. Esta é a principal causa de repetição ou recorrência de crises em pacientes epilépticos.

Todas as situações acima podem ser precipitantes de crises convulsivas, em quem tem maior sensibilidade.

 

 

** Dra. Maramélia Miranda é neurologista com formação pela UNIFESP-EPM, editora do blog iNeuro.com.br.

994 thoughts on “Convulsões e Epilepsia: Entenda qual é a diferença!”

  1. Tomo Carbamazepina a muito anos, só que no sábado passado tive uma crise, antes dessa crise,tive uma em 2013 e normal ou era pra não ter acontecido essa crise????

  2. angelica, não é possível saber se isso acontecerá, a não ser que o problema do seu filho tenha sido genético, com algum diagnóstico específico de alguma doença genética.

    na dúvida do que fazer, o que recomenda-se nestas duvidas é passar com geneticista, para um aconselhamento e exames mais detalhados seu e do pai.

    resumindo — geneticista. procure um.

  3. bruno, podem ser “minicrises”, não dá para dizer assim – apenas com relato por escrito. o ideal é alguém que convive com vc tentar explicar detalhadamente o que acontece, se possivel filmar, e te mostrar, e te enviar, ou te falar com detalhamento, e que vc procure o profissional – neurologista clínico.

  4. minha filha teve 2 convulsoes febris porem o eletro deu alterado foi constatato que ela tem crise de ausência tratava com trileptal foi mudado para depakene porem identificamos que as crises de ausencia antes nao percebidas apos trocar a medicação tornou-se perceptiva e constantes a médica nao trocou o remedio so aumentou a dose a 1 dia atras mais permanecem as crises o que faze?

  5. Ola dra,poderia me tirar uma duvida…Meu primeiro filho aos 4 meses começou a ter convulsoes que eram dificei de serem controladas,com 1 ano e meio nao sentava,nao tinha cordenaçao motora,era todo molinho,fez muitos exames mais nao conseguiram fechar nada,só que era eplepsia precoce.Depois de quase um ano com crises começou a controlalas com mudança de medicamento,e ele estava reagindo bem,só que pegou uma pneumonia e depois disso,ficou muito mal,nao queria se alimentar e teve duas internaçoes na uti,e a ultima delas teve uma parada cardio respiratoria e ficou 13 dias entubado,mais nao resistiu…e no dia 31/12 se foi…Dra meu sonho é ter outro bebe,mais tenho medo de ter o mesmo problema,seria possivel que viesse a ter eplepisia tb?Me ajude dra.Obrigada

  6. Ola dra, estou aqui para tentar ver se eu consigo uma explicaçao , entao eu tive duas convulsoes e quase tive uma hoje nao sei como mais assim a primeira eu me lembro de que , eu estava comendo deitado e assistindo tv e do nada começei a ter a minha visao embassada , a segunda eu estava na rua conversando com meus amigos e eu ia perguntar para eles algo sobre jogar bola e eu na hora esqueçi , eu acho que eu fiquei sem noçao ai eu virei e falei ja volto ae teve a convulsao, e hoje estava assistindo tv e derrepente eu ia fala para meu sobre um negocio e eu na hora perdi a memoria do que eu ia falar isso pode ser oque Dra ??

  7. Meu filho teve uma crise com 9 anos dia 26 /02/15. Estava dormindo. Foi a unica. O médico passou tegretol 20 ml , 2,5ml 2 x ao dia. O eletro deu anormal focal grau III. Preciso saber se o diagnóstico está certo. Obrigado.

  8. Doutora meu esposo teve uma crise durante a noite por menos de 1min,e depois de 4horas e meia teve outra mais curta dormindo,antes disso tinha tido uma pequena crise tambem há uns 4 ou 5 meses atras e relatou que antes de nos conhecermos ele teve aos14 anos de idade mas nunca procurou tratamento.Hoje tem 31 anos o que ele pode ter e deva fazer por favor.

  9. tenho crises de ausencia muito rapidas em questao de segundos, e tomo carbamezipina a alguns anos , quero engravidar e ja me informaram que nao posso porque meu bebe terá ma formação . estou mto preocupoada .Preciso de uma informação sobre este assunto

  10. Dra eu tive durante os ultimos 02 anos mais de 10 convulsoes espaçadas …
    Apos todos os exames na cabeça chegamos ao diagnostico do prolapsio valvula mitral / fiz a cirurgia em dezembro de 2014 … mas para minha surpresa hj 03 meses apos tive uma nova convulsao..
    Geralmente estou dormindo foram apenas 04 acordada .. e mais de 10 dormindo .Nao me lembro de nada e apos tenho dores de cabeça , musculares e a boca e lingua machucadas … antes de ter as crises eu tinha crises de ausencias .. sou epiletica ?

  11. Minha filha tem 1 ano e 4meses e ela ja está cm a segunda convulsão oqui eu fasso me ajudem não sei o que fazer!

  12. Olá doutora!Meu marido teve a primeira crise aos 27 anos,enquanto almoçava.Trinta e sete dias depois tornou a ter, aqueles crises em que ele desmaia e se debate.Começou o tratamento,já passou por vários medicamentos e hoje,toma 1750mg de depakote ao dia,15mg frisium,25mg topiramato.Apresenta crise parcial simples. O fato mais estranho que estamos passando é que ultimamente ele vem evacuando o depakote, e não sabemos o porque.
    A senhora tem algo que possa dizer sobre isso?Desde já obrigada!

  13. Bom dia. Meu marido tem 33 anos e na segunda feira sofreu duas convulsões com intervalo de 10 horas entre uma e outra. Foi a primeira vez que ele passou por isso, não havia febre e nem pressão alta. Procuramos um Neuro que nos solicitou vários exames incluindo ressonancia, e pediu para que ele tomasse Hidantal até sairem os resultados. Meu marido está tomando e aparentemente está bem, mas disse ainda estar um pouco confuso. O grande problema é que ele faz fotos de esportes aquaticos e a profissão é muito importante para ele, inclusive deve participar de um curso de apneia e como devo proceder nesse caso? Por favor me de uma diretriz…

  14. Boa noite ,meu nome e ana paula tenho 38 anos,Eu fiz exames como tomografia, ressonância, eletroencefalograma, pq tenho ausências tremedeiras e as vezes estou fazendo uma coisa e paro e fico sem saber o q fazer ,tive uma síncope por isso fizeram os exames fiquei internada meu neurologista me passou tegretol200 nos primeiros dias me senti mais ativa ,os exames não constataram nada,sou caixa do metrô por conta disso dou troco errado e quando da fila fico ausente pelo nervoso por isso desmaiei no trabalho estou tomando o remédio volto a trabalhar daqui a dois dias não sei o q fazer é possível ser epilepsia mesmo esses exames não tendo dado nada?

  15. Eu fiz exames como tomografia, ressonância, eletroencefalograma, pq tenho ausências tremedeiras e as vezes estou fazendo uma coisa e paro e fico sem saber o q fazer ,tive uma síncope por isso fizeram os exames fiquei internada meu neurologista me passou tegretol200 nos primeiros dias me senti mais ativa ,os exames não constataram nada,sou caixa do metrô por conta disso dou troco errado e quando da fila fico ausente pelo nervoso por isso desmaiei no trabalho estou tomando o remédio volto a trabalhar daqui a dois dias não sei o q fazer é possível ser epilepsia mesmo esses exames não tendo dado nada?

  16. Doutora a minha filha tem 2aninhos e ela teve umas tres crises convulsivas que ficava parada todas elas febris e a quarta crise agora ela ficou se abatendo e toda roxa e ela toma o remedio Depakote,ela estava com febre de quase quarenta graus foi horrivel o que devo fazer me ajude doutora.

  17. Meu bebê está tremendo membros quando mama no peito e começa a dormir, tem 4 meses e 20 dias. O que pode ser?

  18. elisabete, se ele teve 4 convulsoes no ano anterior, ele tem epilepsia.

    tendo este diagnostico, tem risco maior de ter crises, e deve tomar medicamentos todos os dias, para evitar novas convulsões.

    se ele estava tomando o remedio corretamente e teve uma nova crise –> voltar no neuro:: rever doses, tomadas e se puder aumentar a dose;

    se ele não estava tomando remedios para evitar crises, estava errado, deveria estar tomando;

    de uma forma ou de outra, há, sim, como conviver, mas não é “com isso”, e sim “SEM ISSO”.

    tem que conviver com o diagnóstico, e SEM CRISES. ISSO É O CERTO.

    leve seu filho num neurologista bom, para revisar o tratamento dele, e ele terá uma vida normal e vc tb.

  19. elizabete, primeiro: calma!

    segundo: leve ele a um neuro, se ele tiver tendo crises, tem solução e controle.

    procure um neurologista clinico.

  20. PRECISO DE AJUDA, DE UMA PALAVRA, DE UMA PALAVRA QUE NÃO SEJA::: É ISSO MESMO, TENTE SE CONFORMAR, POR FAVOR ESTOU DESESPERADA, VEJO MEU FILHO DE 21 ANOS, PASSOU NO VESTIBULAR PARA MEDICINA, E AGORA TENHO QUE ME CONFORMAR EM VER ELE SE BATENDO NO CHÃO, PELO AMOR DE DEUS, O QUE FAÇO?

  21. Meu filho tem 21 anos, ha um ano atrás ele teve 4 crises de convulsão, foi medicado, levou um ano sem convulsões, no mês que completou um ano sem convulsão ele teve uma crise, estou desolada, não tenho mais tranquilidade, por favor como viver com isso?

  22. rafael, nada posso dizer. pois não tive acesso aos detalhes do seu caso nem exames de imagem ou doses de medicamentos e lista dos medicamentos que usou. sugiro que vc converse com o seu neuro, explique esta sua angustia de não ter tido nenhuma melhora das crises. ouça diferentes opiniões.

  23. Eliana, o mais provável é que estas crises tenham voltado porque vcs estão reduzindo as doses dos remédios… Se houve coincidência entre o desmame da dose e o aparecimento de novas crises, a conduta correta é voltar no neuro, mas adianto que estes casos que voltam a convulsionar precisam ter suas doses de medicamentos aumentadas novamente.

  24. Olá doutora Maramelia; tenho 23 anos e crises convulsivas desde os 15 anos, devido a uma infecção; me consulto com o doutor Paulo Ricardo Mattana ha 3 anos, mas nao consegui uma cura ou dar uma amenizada nas crises, e de um tempo pra ca elas estão até mais frequentes; o que a senhora poderia me dizer. Muito obrigada.

  25. Bom dia doutora, eu tenho um filho de 3anos e 9 meses, ja faz dois anos sem crises a neuropediatra desde o ano passado começou a desmamar a medicação hoje ainda está tomando trileptal a dose mínima, porém ele começou apresentar crises novamente dormindo totalmente diferente das crises que tinha quando era bebê . As crises agora ele eleva os membros superiores e inferiores a cabeça também e os olhos ficam parados olhando para um ponto fixo e tremores no corpo todo e são muito rápidas as crises e percebo que ele fica com ausência de consciência . Eu já presencie duas crises e estou muito assustada eu gostaria de saber se a equoterapia ou medicações para refluxo hoje está tomando o losec plus, mas no início do tratamento ele tomava motillium, pontocal e sucrafilm . Tanto a equoterapia quanto esses remédios podem ter provocando essas crises. Obrigada

  26. A colocação de prótese mamária pode ser um fator desencadeante de uma crise convulsiva? Ou, após colocar a prótese, e houver uma crise de ausência, pode indicar rejeição ou início de uma infecção?

  27. Olá. Meu sobrinho tem epilepsia e estava tomando remédios, só que de uma hora para outra começou a ter crises… a médica trocou o remédio e mesmo assim ele continua tendo crises contínuas. dentro de 1 semana ele já foi a emergências várias vezes com crises e ninguém diz o que pode estar de errado. Como proceder?

  28. carolina, primeiro::: fique calma. pode ser que a crise tenha sido desencadeada pela dor muito forte que ele teve. mas o principal é que fui crise única.

    convem sim procurar um neuro, relatando tudo, se possível vc ir à consulta, pois vc foi a testemunha de tudo.

    neste caso do seu namorado, o mais provável é que a sensação de dor tenha sido a causa… dependendo do local em que o cotovelo é atingido, pode ter pego num nervinho lateral que passa lá, que dá uma sensação de choque e dor muito intensa. suposição minha… abs e boa sorte.

  29. marta, não é normal ter crises diárias. o ideal é tomar o remédio, nos horários corretos, e tentar se atingir a situação de controle total das crises (não ter crises!0.

    o que ocorre é que, dependendo do tipo de epilepsia, não se consegue este controle total.

    diria que ter crises diárias significa:

    1 – ou o remédio não está sendo dado na dose correta (tem que aumentar a dose);

    2 – ou o esquema de remedio ou remédios está errado (tem que mudar o esquema);

    3 – ou as tomadas estão sendo dadas nos horários errados;

    4 – ou o remedio está indicado para a crise convulsiva errada — tem que ver que tipo de crise a criança tem…;

    5 – ou está tudo certo, e a epilepsia do paciente é aquela que chamamos “epilepsia de difícil controle” — este é um diagnóstico que pode ocorrer, quando o neuro tentou de tudo, mudou esquemas, aumentou as doses, chegou ao máximo que se pode, e mesmo assim a criança continua tendo crises.

    sugestão::: filmar as crises (com celular), mostrar aos pais –> isso é muito importante — porque cada tipo de crise epiléptica responde melhor ou pior a cada diferente remédio. a testemunha ver a crise ou crises e detalhar certinho a crise para o neuroped é muito importante!!!!!!!

    se o neuroped passou um remedio para crise de ausencia e a crise da criança é outra, o tratamento está incorreto.

    outra sugestão::: orientar os pais que procurem o neuropediatra da criança, ou conversar com os pais para saber se o caso em questão é uma epilepsia de difícil controle… se for, seria interessante encaminhar a criança para um centro de referência em epilepsia, com profissionais especializados nisso, porque, dependendo do diagnóstico, há meios de cirurgia para redução da quantidade de crises.

  30. Boa noite, doutora. Sou professora na educação infantil e recebi uma aluna ( 4 anos) que, segundo relatos da antiga escola e depois constatado na escola em que trabalho, tem crises convulsivas quase que diárias. Ela, de acordo com familiares, faz acompanhamento médico e toma a medicação corretamente; portanto é “normal” ter crises tão constantes? Não seria necessário solicitar reavaliação para acerto do medicamento ou novos exames? Obrigada.

  31. Olá Dra. Miranda,
    o meu namorado (tem 29 anos, é saudável e nunca antes teve crises convulsivas) ontem (após um dia altamente estressante, com privação de sono e jejum prolongado) chegou em casa e, sem querer, deu uma forte pancada no cotovelo. Na mesma hora ele começou a sentir uma forte dor e dizer q o braço tava queimando e tal… daí foi se agachando e entrou em convulsão!! E apesar da crise ter sido rápida, ele perdeu completamente a consciência e os olhos se reviraram bastante. Fiquei apavorada, não só pela convulsão em si, mas pelo fator que a desencadeou (a pancada no cotovelo). Pesquisei na internet sobre isto, mas só encontro informações sobre crises desencadeadas após pancada na cabeça, mas nunca no cotovelo! Isso é normal? Devemos ir ao neurologista? Por favor, me ajude! Obrigada! Carol

  32. thalis, primeiro a dúvida é saber se as crises de tremedeira noturnas são realmente crises de convulsão: para saber isso, idealmente, seria interessante colocar o EEG enquanto o seu filho tem estas crises, ou fazer um video-EEG com ele dormindo, ou pelo menos filmar alguma destas crises e mostrar as crises a um neuro…
    a segunda coisa: uma vez que se confirme que são realmente crises, o certo é conversar com o neuro, e tentar mudar o tratamento, aumentando a dose da medicação, ou adicionando outra medicação, ou trocando a medicação, para ver se se consegue o total controle das crises.
    quanto ao disturbio de sono, o correto seria passar com neurologista especializado em sono, se possível, e até mesmo fazer um exame para avaliar isso, a polissonografia.

  33. Ola Dra boa noite
    Gostaria de relatar a situação do meu filho, um garoto experto, o que aconteceu com ele ano passado; o Davi, sem apresentar febre ou indícios de qualquer outra infecção, teve uma crise convulsiva, caindo no chão e se debatendo; fiz o procedimento de primeiro socorro a ele; e depois foi avaliado pelo neuro, que receitou depakene ha um ano, só que ele tem tido crises pequenas, geralmente durante a noite (dormindo), ele se treme todo, depois volta a dormir; ele, quando mais novo, tinha o que chamam de terror noturno, range os dentes e chorava dormindo, sem acordar; eu gostaria de saber se isto tem alguma ligação. Ele hoje toma remédio 3 vezes ao dia, e todos os exames foram julgados normais, sangue, urina, EEG e tomo. Não tenho mais noites de sono.

  34. Va, não corre risco de morte. mas tem que controlar as crises. procure o medico dele.

  35. ola boa noite sera que vc poderia me responder no meu e-mail pocateia1@gmail.com
    pois vamos la, meu filho esta hoje com 9 anos e só agora, ele teve duas convulsoes; uma a dois meses atras e outra agora a 3 dias. todas as duas vezes ele teve quando dormiu, e todas duas vezes eu e minha esposa estavamos do lado dele acordado.
    corre algum risco dele da uma crise na madrugada e morrer devido não ter ninguém olhando ele?

  36. Bom dia,Dra.a minha primeira crise foi aos 4 anos de idade,tomei remedios até aos 9 anos e a médica orientou que não precisaria tomar mais remedios pois estava curada;porém aos 13 anos retornou e uma crise seguida da outra;retortei aos medicamentos(Hidantal)obtive melhora,aos 16 comecou novamente
    e hoje aos 39 anos mesmo tomando remedios continuamente,elas continuam, no mes de fevereiro obtive
    3 crises e uma ontem primeiro de março,estou tomando os seguintes remedios HIDANTAL E GARDENAL,EXISTE CURA ?OBRIGADA ELAINE

  37. edilberto, procure o neuro que prescreve o hidantal a vc e conte os sintomas. ele tem que rever o remedio, dose, nivel no sangue e decidir com vc o que fazer.

  38. Tenho atualmente 71 anos de idade. Sofri em meados de 1980 uma cirurgia para extração de um meningioma cerebral com resultado satisfatório. Depois disso comecei a ter crises convulsivas esparsas ao que meu neurologista indicou Hidantal. As crises foram controladas eficazmente, mas, agora, uma sensação de uma convulsão próxima tem me acompanhado quase o dia todo e o Hidantal não a tem eliminado, embora a crise propriamente dita não tenha acontecido. Fica a sensação de salivação. O que sugere?

  39. Ola minha filha tem 2 anos e 10 meses já teve crise duas vezes porem nossa cidade tem uma precariedade de médicos a pediatra me receitou gardenal gotas (30 gts de 12/12 horas)achei demais qual seria sua opinião referente a medicação? Na primeira vez ela amanheceu desacordada sem conseguir respirar mole mole tremia braços e pernas eram 9 horas da manha e ela só voltou lucidamente as 12:15…nada foi feito hj quando ela amanheceu vomitando logo fiz com que ela levantasse e pegasse um ar..mas logo forçou a vomitar tipo um catarro amarelo e logo ficou desacordada por uma media de 5 minutinhos e logo voltou…com este diagnostico e nenhum exame a pediatra me receitou este medicamento…e como solicitei ela me deu encaminhamento para eletrencefalograma e tomografia do cranio que farei no particular na quinta feira.Pois o Hospital Infantil se negou a segurar ela em observação no mesmo para realizar os devidos exames.

  40. roseli, não tenho como orientar ninguem pela internet, sobretudo em relação a medicamentos e doses, sem ter examinado e ter tido acesso detalhado aos exames do paciente. sugiro que entre em contato com o neuro que assiste o seu pai, e veja com ele, que conhece o caso, a conduta a ser feita.

  41. Boa noite, Dra.
    Procurando na internet as causas da convulsão, chequei até ao seu blog. Dra, meu pai há 8 anos sofreu um AVCI sequelando o lado direito, na ocasião depois de uns 3 meses, salvo engano, sofreu uma convulsão. Feito alguns exames, observou-se o ácido volpróico estava um tanto fora do normal, passou a fazer uso de Depakene 500mg de 8 em 8 hrs., exames repetidos e sem nenhuma reincidência da convulsão a dosagem passou a ser 500 mg de 12 em 12 hrs. Porém dia 28/12 p.p, ele foi acometido de um novo AVCI, desta vez perdendo a dicção. Em tratamento com a neurologia, ontem por volta das 22:00 hrs ele teve um novo episódio de convulsão, segundo relato da minha mãe, foi rápido, porém se contorceu todo inclusive a face. Não foi levado ao PS. Por gentileza me oriente. Ele tem um exame a ser feito dia 25/02 no HC de SP, ecodoplercardiograma, e consulta dia 20/03. Obrigada.

  42. anne, certamente, pelo seu relato, vc teve outra crise nesta ocasião do atropelamento. o fato de todos os exames virem normais não é o mais importante, ou até é, porque significa que vc não tem nada grave. ter tido pelo menos 3 crises já indica que vc tem algum tipo de epilepsia. e já indica que vc deve tomar um medicamento protetor, que previna suas crises futuramente para vc poder viver normalmente sem o medo de novas crises.

    a unica ressalva é que existem hoje opções melhores do que o gardenal. sugiro vc discutir apenas isso com a neuro que passou para vc o remedio, explicando que vc consultou artigos na internet e leu que há opções de medicamentos com menores efeitos colaterais do que ele. caso a neuro não queira trocar o gardenal, busque outra opiniao.

  43. Boa noite, Quando tinha 12 anos tive uma crise convulsiva, minha familia n entendeu muito bem o que tinha acontecido entao, fui prática urgência de um hospital tomei uma medicação acordei no dia seguinte e ficou por isso mesmo! Agora Tenho 20 anos e novamente tive a crise, 15 dias depois sofri um acidente fui atropelada n lembro de muita coisa, acho que tive mais uma crise, fiz todos os exames e não Deu nada Tou sem intender, a neura disse fique tranquila e mim passou a Gardenal, tou sem intender quero uma explicacao! :/

  44. olá Dr gostaria muito de uma ajuda, pois a muitos anos minha irmã convulcionou pela primeira x com 5 anos hoje ela tem 31 anos é mãe de dois filhos saudáveis tudo normal, porém desde aquela época ela passou, a tomar medicamentos para não convulcionar, as primeiras ressonâncias feitas dos 5 anos até os 24 anos acusavam uma ausência no cérebro, porém depois disso foram feitas novas e inúmeras resonacias, e essa ausência não acusa mais. Mas até hoje ela toma medicações para não convulcionar, mesmo assim tomando a medicação ela por algumas vezes convulciona. tipo de convulsão! ela primeiramente se aperta as mãos e para os olhos e começa a tremer os braços e passa para as pernas até convulcionar. Até hoje não conseguimos achar uma explicação porque ela continua assim se o Neuro dela não encontra nem um trauma, e a ausência que ela tinha Antis terminou, como falei antis, ela gestou seu segundo filho e não teve nem um problema nasceu perfeito e tudo mais, mas não conseguimos e não podemos deixar ela sozinha com o Nene por causa das tremedeiras que acontecem com frequência porém ela não convulciona. poderia me dar uma explicação ou uma orientação do que fazer. Muito obrigado desde já pela opurtunidade de falar e expressar uma angústia !

  45. Estou muito preocupada com o estado de saúde do meu pai, pois em nov. de 2013 foi diagnosticado câncer de pulmão….fez tratamento de 6 quimioterapias. Estava tudo transcorrendo bem, quando ele começou a sentir uma dor no peito e dai foi ao mesmo oncologista e retomou ao tratamento com a 7ª quimioterapia, mas 10 dias depois ele teve uma febre muito alta e teve que internar de novo 60 dias ( com várias infecções e tbém não teve mais deglutinação, e teve que fazer uma gastro para alimentação) e desde lá (18/11/14) não ficou bem, sempre esta com respiração difícil ….teve uma convulsão forte e 2 semanas depois teve um pequeno AVC e desde ali esta com tremor em todo um lado e o outro lado esta meio paralisado. Faz 2 dias que esta com febre…e não esta querendo baixar, hoje já fez hemograma e o médico disse que não é infecção e que essa febre pode vir do cérebro? E se for do cérebro tem medicamento para baixar a febre nesse caso? O que posso fazer para ajudar? Tem algum exame que detecte da onde vem a febre? Meu pai esta sofrendo, preciso de uma resposta urgente. Obrigada pela atenção!

  46. Olá Dra qdo fui ter minha BB eu tive uma dor de cabeça mto forte e s oi h lembro até aí depois me contarão q eu gritava de dor na cabeça aí minha pressão foi pra 6/3 e serão remédio pra subir aí foi pra 14 assim q tirarão a neném tive três convulsões seguidas e perdi a visão q viverão me mostrar ela eu gritava q não enxergava. Resumo não lembro me disso e nem de me q aconteceu durante duas semanas depois do parto. Dizem q eu conversava normal mas naum lembro de nd. De quem foi me visitar de como cuidei da minha filha dele existente me é ninguém sabe me dizer do. Q foi. Li no meu prontuário q tomei as duas anestesias. E já fiz bariátrica. Foi Cesária o parto gostaria de saber se sabe o q foi?

  47. juliana, primeira e unica crise é sempre dificil. tem que considerar a idade dela, o tipo de alteração no EEG, se há ou não lesão encefaliccs, varias coisas. nao tive acesso aos exames e detalhes do caso dela, portanto nao é possivel opinar. se estão em duvida, sugiro ouvirem uma segunda opiniao, de outro profissional. as vezes a insegurança de saber que pode ter qualquer crise nova é pior do que usar o medicamento, e tem medicamentos muito seguros, que vao deixar vcs mais tranquilos.

  48. Boa noite Dra, no dia 18/01 minha filha acordou no colo do pai , durante um almoço, com ânsia de vomito , depois falávamos com ela e ela respondia mas só olhava em uma direção e depois perdeu a consciência e teve uma convulsão.Ficou internada em observação por dias e fomos atendidas por uma neuropediatra que pediu um eletroencefalograma.o resultado deu descargas elétricas em determinada parte do cérebro , indicando epilepsia benigna da infância , retornamos a médica e ela nos deixou a vontade para iniciar o tratamento com trileptal ou aguardar se ela tiver uma nova crise .só que com essa dúvida de iniciar ou não vivemos tensos , com muito medo.hoje ela estava normal na piscina de repente começou a reclamar de muitas dores nos ouvidos, e tudo achamos que pode ser início de uma crise.queria sua opinião sobre iniciar ou não a medicação. Ahh não posso esquecer de relatar que depois desta crise começamos a lembrar de que por duas vezes ela já acordou com ânsia de vomito e em uma outra ela acordou com o olhar fixo mas respondendo a perguntas.obrigada

  49. lourdes, vc tem que procurar o neuro. se ele convulsionou algumas vezes, apenas por isso tem indicação de ficar protegido com medicamentos. não podemos fazer nada sem ver os detalhes do caso, muito menos medicar. procure a ajuda do neuro.

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